Prólogo

133 5 8
                                    

Pov Francisco

17:30

Segura em meu livro castanho com o título "O portal secreto" enquanto vejo o portal na parede sumir só quem tiver esse livro poderá voltar a abrir o portal e entrar em Lypse. Começo a sentir uma leve dor no estômago... O merda, está se espalhando.

Caminho voltando pra Encanto, a minha casa.

Logo a chegar na vila me deparo com minha mulher que segurava nos meus recém nascidos filhos de géneros opostos.

  Ainda bem que você. - ela sorri vindo me dar um beijo.

  Não existe outro lugar que eu queira estar do que aqui do seu lado e com os nossos filhos. - dou um beijo no cabelinho de cada um.   Amo vocês Pablo e Carla.

  Vem, vamos pra casa.

Voltamos pra casa e eu guardo o livro no sótão, vou até a casita Madrigal. Indo para o quarto do meu melhor amigo Bruno

  Eae Bruno? Adivinha quem também é vidente e tá de volta.

  Francisco? o que você tá fazendo aqui? Você não devia estar em Lypse?

  Eu não volto mais pra lá, perdi a minha melhor amiga de lá mas fico feliz por ter meu melhor amigo daqui. - a gente se abraça.   Eu não posso contar nada sobre o portal ser ativado pelo livro pra Ruth, se não iria destruir o livro. Ela não gosta nada que eu fique lá, é perigoso e não quer que algo me aconteça agora que temos filhos, após anos a ajudar você, recebi o dom de prever o futuro e fundei uma loja lá mas isso tudo acabou.

  Você nos ajudou bastante, seria natural que o milagre passasse um pouco pra você. Podes não ter um quarto mas você me tem a mim e eu irei te ajudar em tudo aquilo que você precisar.

Respiro fundo, me preparando pra contar pra ele.   E durante a batalha que ocorreu recentemente em Lerys, apesar de ter conseguido proteger o lugar mas não minha melhor amiga. A lâmina na espada do líder continha uma espécie de veneno, ele me raspou pelo braço. - mostro a cicatriz.   Isso tá sugando minha vida aos poucos, receio que não demore muito pra o fazer totalmente o veneno agora circula em meu sangue.

  Gostaria tanto de poder fazer algo. - ela baixa a cabeça.   Talvez a comida da Julieta pode te curar. - ele sorri ao ver uma solução.

  Lamento mas a comida cura ferimentos e isso é veneno.

Ele simplesmente me abraça, talvez fosse o último.

Um mês depois.

21:06

Eu e a Ruth entramos no quarto, a gente estava brigando. Vejo o berço das crianças onde elas estavam dormindo.

Ela acabou vendo a cicatriz e eu tive que contar pra ela.

  OLHA O QUE AQUELE LUGAR FEZ COM VOCÊ? - ela questiona vendo a cicatriz que não era mais tão pequena.

  Mas eu tinha que proteger eled. - me deito na cama, juntamente com ela que fica ao meu lado.   Não me resta muito tempo, cuida das crianças e por favor espero que um dia você me perdoe. - sinto minhas batidas cardíacas ficarem mais fracas, por fim elas param.

Pov Ruth

Meus olhos se enchem de água ao ver seu rosto ficando pálido, pego em seu pescoço e não tinha pulsação. Meu choro se intensifica enquanto eu o tentava acordar.

  Amor por favor acorda. - estava chorando muito.   Por favor eu não vivo sem você. - eu soltava sons de dores e Pablo via a cena, também chorando em silêncio. Mesmo sendo bebé conseguia sentir aquela dor. Eu continuava a abanar ele que não se movia.   Eu suplico. - falo já ficando sem voz, não aguentava aquela sensação.   Agora eu estou sozinha. - choro largando ele, percebi que não ia voltar.   De todos no mundo, porque é que logo alguém com o seu coração teve que... - nem consegui terminar a frase e continuei a chorar.

Agora meus filhos irão nascer sem pai e minha última memória com ele é da gente brigando.

Perdão.

Um novo Madrigal?Onde histórias criam vida. Descubra agora