• Travessa do Tranco

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Cinco minutos depois os garotos estavam subindo o morro, as vassouras nos ombros. Tinham perguntado a Percy se queria acompanhá-los, mas ele respondera que estava ocupado. Harry até ali só tinha visto Percy às refeições; ele passava o resto do tempo trancado no quarto. –Gostaria de saber o que ele está aprontando –disse Fred, franzindo a testa. –Está tão mudado. O resultado das provas dele chegou um dia antes de você; doze N.O.M.s e ele nem cantou vitória.
–Níveis Ordinários em Magia –explicou Jorge, vendo o olhar intrigado de Harry. –Gui recebeu doze também. Se não nos cuidarmos vamos ter outro monitor-chefe na família. Acho que não iríamos suportar a vergonha.

— Deveriam se inspirar no exemplo dos irmãos - Molly disse

— Acho melhor a mamãe baixar as expectativas - Ron disse rindo para a irmã

Gui era o filho mais velho dos Weasley. Ele e o irmão logo abaixo, Carlinhos, já tinham terminado Hogwarts. Harry nunca vira nenhum dos dois, mas sabia que Carlinhos estava na Romênia estudando dragões e Gui, no Egito, trabalhando no banco dos bruxos, o Gringotes.
–Não sei como mamãe e papai vão poder comprar todo o nosso material escolar este ano –disse Jorge depois de algum tempo. –Cinco conjuntos de livros do Lockhart! E Gina precisa de vestes, uma varinha e todo o resto...
Harry não disse nada. Sentiu-se um pouco constrangido. Guardado no cofre subterrâneo do Banco de Gringotes, em Londres, havia uma pequena fortuna que seus pais lhe haviam deixado.

— Ele poderia... - Snape começou a falar

— Ele poderia mas nós não iríamos aceitar - Ginny o interrompeu já sabendo o que ele iria falar

Naturalmente, era somente no mundo dos bruxos que ele tinha dinheiro; não se podia usar galeões, sicles e nuques em lojas de trouxas. Ele nunca mencionara aos Dursley sua conta no Banco de Gringotes, pois achava que o horror que eles tinham à magia não se estenderia a um montão de ouro.

— Com toda certeza não - Lily falou

A Sra. Weasley acordou-os bem cedo na quarta-feira seguinte. Depois de comerem rapidamente uma dúzia de sanduíches de bacon cada um, eles vestiram os casacos e a Sra. Weasley apanhou um vaso de flor no console da cozinha e espiou dentro dele. –Estamos com o estoque baixo, Arthur –suspirou. –Teremos que comprar mais hoje... Ah, muito bem, hóspedes primeiro! Pode começar, Harry querido! E ela lhe ofereceu o vaso de flor. .
Harry olhou para os Weasley, que o observavam.
–Q-que é que eu tenho que fazer? –gaguejou.

— Odeio viajar de pó de Flu - Sirius disse

— Eu também - Selene disse - Agora descobri uma forma mais fácil

–Ele nunca viajou com Pó de Flu –disse Rony de repente.
–Desculpe Harry, eu me esqueci.
–Nunca? –admirou-se o Sr. Weasley. –Mas como foi que você chegou ao Beco Diagonal para comprar seu material escolar no ano passado?
–Fui de metrô...
–Verdade?! –exclamou o Sr. Weasley animado. –Havia escapadas rolantes? Como é que...
–Agora não, Arthur –disse a Sra. Weasley. –O Pó de Flu é muito mais rápido, querido, mas meu Deus, se você nunca o usou antes...
–Ele vai conseguir, mamãe –disse Fred. –Harry observe a gente primeiro.

— Isso tem grandes chances de dar errado - Remus falou

— Ele vai fazer direitinho - James disse

Fred apanhou uma pitada de pó brilhante no vaso de flor, foi até a lareira e atirou o pó no fogo. Com um rugido, as chamas ficaram verde-esmeralda e mais altas do que Fred, que entrou nelas e gritou “Beco Diagonal!”e desapareceu.
–Você precisa falar bem claro, querido –disse a Sra. Weasley a Harry quando Jorge mergulhou a mão no vaso. –E se certifique se está saindo na grade certa... –Na o quê certa? –perguntou Harry nervoso enquanto as chamas rugiam e arrebatavam Jorge de vista.
–Bem, há um número enorme de lareiras de bruxos para você escolher, sabe, mas se você falar com clareza...
–Ele vai acertar, Molly, não se preocupe –disse o Sr. Weasley, servindo-se de Pó de Flu, também.
–Mas, querido, se ele se perder, como é que iríamos explicar à tia e ao tio dele?

Dobra no Tempo (Vol 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora