• Ginny Weasley

74 8 24
                                    

Harry sabia que o mistério todo poderia ser resolvido no dia seguinte sem ajuda deles, mas não ia deixar passar uma oportunidade de falar com Murta se aparecesse uma –e para sua alegria apareceu, no meio da manhã, quando a turma estava sendo levada para a aula de História da Magia por Gilderoy Lockhart. Lockhart, que tantas vezes os tranquilizara dizendo que o perigo passara, para em seguida provar-se o contrário, agora estava inteiramente convencido de que nem valia a pena levá-los em segurança pelos corredores. Seus cabelos não estavam tão sedosos quanto de costume; parecia que estivera acordado a maior parte da noite, vigiando o quarto andar.
–Marquem minhas palavras –disse, contornando um canto com os alunos. –As primeiras palavras que aqueles coitados petrificados vão dizer serão “Foi Hagrid”.

— Não precisa contar o que foi, só me digam que esse cara se ferrou? - Teddy perguntou

— Se ferrou lindo - Sophie respondeu

– Francamente, estou pasmo que a Profa McGonagall continue achando que todas essas medidas de segurança são necessárias.
–Concordo, professor –disse Harry, fazendo Rony derrubar os livros de surpresa.

— Eu achei que ele tava ficando maluco - Ron falou

–Obrigado, Harry –disse Lockhart, gentilmente, enquanto esperavam uma longa fila de alunos da Lufa-Lufa passar. –Quero dizer, nós, professores, já temos muito o que fazer sem ter que acompanhar alunos às aulas e ficar de guarda a noite inteira...
–Tem razão –disse Rony, percebendo a jogada. –Por que o senhor não nos deixa aqui, só temos mais um corredor pela frente...
–Sabe, Weasley, acho que vou fazer isso. Preciso mesmo preparar a minha próxima aula... E se afastou depressa.

— Que paspalho - Augusta falou

–Preparar a aula –Rony caçoou quando o professor se foi. –É mais provável que vá é enrolar os cabelos.
Os dois amigos deixaram o resto dos colegas da Grifinória seguirem em frente, dispararam por uma passagem lateral e correram para o banheiro da Murta Que Geme. Mas quando estavam se parabenizando pela jogada genial... –Potter! Weasley! Que é que os senhores estão fazendo? Era a Profa McGonagall, e sua boca parecia um fio de linha de tão fina.

— Tava fácil demais pra ser verdade - James falou

–Íamos... íamos... –gaguejou Rony. –Íamos... ver... –Mione –disse Harry. Rony e a professora olharam para ele. “Não a vemos há séculos, professora”, continuou Harry depressa, pisando o pé de Rony, “e pensamos em entrar sem sermos vistos na ala hospitalar, sabe, e contar a ela que as mandrágoras já estão quase prontas e... para não se preocupar...”

— Pesado - Marlene disse - Mas genial

A Profa McGonagall continuou a olhar fixo para ele e por um instante Harry achou que ela ia explodir, mas quando falou, tinha a voz estranhamente rouca.
–Claro –disse, e Harry, espantado, viu uma lágrima brilhar nos seus olhos de contas. –Claro, compreendo que isto tenha sido mais duro para os amigos dos que foram... compreendo bem. Está bem, Potter, é claro que os senhores podem ir visitar a Srta. Granger. Vou informar ao Prof. Binns aonde foram. Diga a Madame Pomfrey que têm a minha permissão.

— Tenho que apertar a mão de vocês - Sirius disse - Enganar a McGonagall

Harry e Rony se afastaram, mal ousando acreditar que tinham evitado uma detenção. Quando dobraram o canto do corredor, ouviram distintamente a professora assoar o nariz.
–Essa –disse Rony entusiasmado –foi a melhor história que você já inventou.

Dobra no Tempo (Vol 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora