• 02 de maio de 1998

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Foi um pandemônio. Os diabretes disparavam em todas as direções como foguetes. Dois deles agarraram Neville pelas orelhas e o ergueram no ar.

— Tadinho , essas coisas sempre acontecem com ele - Alice disse

— Ele precisa criar coragem - Augusta falou

— Ele vai criar - Frank respondeu a mãe

Vários outros voaram direto pelas janelas fazendo cair uma chuva de estilhaços de vidro no canteiro. Os demais se puseram a destruir a sala de aula com mais eficiência do que um rinoceronte desembestado. Agarraram tinteiros e salpicaram a sala de tinta, picaram livros e papéis, arrancaram quadros das paredes, viraram a cesta de lixo, pegaram as mochilas e livros e os atiraram contra as vidraças quebradas; em poucos minutos, metade da classe estava abrigada embaixo das carteiras e, Neville, pendurado no teto pelo lustre de ferro.
–Vamos, vamos, reúnam eles, reúnam eles, são apenas diabretes –gritou Lockhart. Ele enrolou as mangas, brandiu a varinha e berrou: –Peskipiksi Pesternomi! As palavras não produziam efeito algum; um dos diabretes se apoderou da varinha e atirou-a também pela janela. Lockhart engoliu em seco e mergulhou embaixo da mesa, escapando por pouco de ser esmagado por Neville, que despencou um segundo depois quando o lustre cedeu.

— Ridículo um professor desses na escola - Snape falou

A sineta tocou, e todos desembestaram para a saída. Na calma relativa que se seguiu, Lockhart levantou-se, viu Harry, Rony e Hermione, que estavam quase à porta, e disse:
–Bem, vou pedir a vocês que enfiem rapidamente os restantes de volta na gaiola.

— Essa era a sua função não é idiota - James disse

E, passando pelos três, fechou a porta depressa.
–Dá para acreditar? –rugiu Rony quando um dos diabretes restantes lhe deu uma dolorosa mordida na orelha.
–Ele só quer nos dar uma experiência direta –disse Hermione, imobilizando dois diabretes ao mesmo tempo com um inventivo Feitiço Congelante e enfiando-os de volta na gaiola.
–Direta? –disse Harry, que estava tentando agarrar um diabrete que dançava fora do seu alcance dando-lhe língua. –Mione, ele não tinha a menor ideia do que estava fazendo...

— Exatamente isso - Sirius disse

–Bobagem. Você leu os livros dele, vê só todas as coisas incríveis que ele fez...
–Que ele diz que fez –murmurou Rony.

— Ron acertou o ponto - Regulos falou

Após terminar o capítulo, todos foram jantar e, em seguida, para os quartos, pois as crianças já estavam com sono, e Ginny reclamava de uma dor de cabeça. Harry saiu do banho e observou a esposa deitada na cama, lendo um livro que havia encontrado na sala.

— Está melhor? — ele perguntou.

— Um pouco — ela respondeu, forçando um sorriso. — Acho que só vou ficar realmente bem quando acabar esse livro — confessou.

— Talvez seja bom para você — ele disse, sentando na beira da cama e massageando o pé dela. — Passar por isso novamente para limpar a alma.

— Pode ser — ela disse. — Eu nunca pude superar isso realmente. Eu era só uma criança, e depois que passou, não tinha ninguém para conversar a fundo sobre isso.

— Eu deveria ter te dado mais atenção.

— Meu amor — ela sorriu. — Você também era só uma criança, e você salvou minha vida, e isso já foi mais do que suficiente.

Dobra no Tempo (Vol 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora