• Salgueiro Lutador

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Passaram então pela aglomeração de trouxas curiosos, saíram da estação e voltaram à rua secundária onde ficara estacionado o velho Ford Anglia. Rony destrancou a enorme mala do carro com vários toques seguidos de varinha. Tornaram a carregar a bagagem na mala, puseram Edwiges no banco traseiro e embarcaram.
–Veja se não tem ninguém olhando –disse Rony, ligando a ignição com outro toque de varinha. Harry meteu a cabeça para fora da janela: o tráfego roncava pela estrada principal adiante, mas a rua deles estava deserta.
–Tudo bem –falou.
Rony apertou um botãozinho prateado no painel. O carro em que estavam desapareceu –e eles também.

— Irado - JaySix disse

Harry sentiu o banco vibrar embaixo dele, ouviu o ruído do motor, sentiu as mãos em cima dos joelhos e os óculos em cima do nariz, mas pelo que conseguia ver, virara um par de olhos que flutuavam acima do chão, numa rua suja cheia de carros estacionados.
–Vamos –disse a voz de Rony vindo da direita. E o chão e os edifícios sujos de cada lado se distanciaram e foram desaparecendo de vista, à medida que o carro decolava; em segundos, Londres inteira estava lá embaixo, enfumaçada e cintilante.

— Não, porque não basta um bruxo das trevas tentando matar seu filho criança, ele tem que se enfiar num carro voador com o amigo de 12 anos dirigindo. Certeza que eu vou ter cabelos brancos cedo - Lily disse

— Olha, já tem uns aqui - Marlene zoou a amiga

— Sua filha vai crescer junto com o meu, então se prepara também - Lily falou

— Já sou preparada - Marlene disse

Então ouviu-se um estampido e o carro, Harry e Rony reapareceram.

A carta do ministério foi fichinha perto disso aí - Regulos falou

–Epa! –exclamou Rony, batendo no botão da invisibilidade.
–Está com defeito.
Os dois socaram o botão. O carro desapareceu. E tornou a reaparecer aos pouquinhos.
–Segure firme! –berrou Rony e pisou fundo no acelerador; eles dispararam em linha reta para dentro de nuvens baixas e repolhudas e tudo ficou cinzento e enevoado.
–E agora? –perguntou Harry, piscando diante da camada sólida de nuvens que os comprimia de todos os lados.
–Temos que ver o trem para saber que direção vamos tomar –disse Rony. –Mergulhe outra vez... depressa. Eles baixaram até ficar sob as nuvens e se viraram no banco, tentando ver o solo... –Estou vendo! –gritou Harry. –Bem na nossa frente, lá.
O Expresso de Hogwarts ia correndo embaixo deles como uma cobra vermelha.

— Antes de se formar temos que vir a escola de carro voador - Sirius disse aos amigos

–Rumo norte –disse Rony, verificando a bússola no painel. –Tudo bem, só vamos precisar verificar de meia em meia hora mais ou menos, segure firme...
E eles dispararam para o alto, furando as nuvens. Um minuto depois, saíram numa camada banhada de sol. Era um mundo diferente. Os pneus do carro roçavam de leve o mar de nuvens fofas, o céu um azul forte e infinito sob um sol claro de cegar. –Agora só temos que nos preocupar com os aviões –disse Rony.

— Só isso - Molly riu nervosa

Eles se entreolharam e caíram na gargalhada; durante algum tempo não conseguiram parar. Era como se tivessem mergulhado num sonho fabuloso. Isto, pensou Harry, era sem dúvida o único modo de viajar –deixando para trás os redemoinhos e as torrinhas de nuvens branquíssimas, em um carro inundado pela luz quente e clara do sol, com um pacotão de caramelos no porta-luvas, e a perspectiva de ver as caras invejosas de Fred e Jorge quando eles aterrissassem, suave e espetacularmente, no vasto gramado diante do castelo de Hogwarts.

Dobra no Tempo (Vol 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora