• Chudley Cannons

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– Isto é um gnomo – disse sério.
– Tire as mãos de cima de mim! Tire as mãos de cima de mim! – guinchou o gnomo. Decerto não parecia nada com um Papai Noel. Era pequeno, a pele parecia um couro, a cabeçorra cheia de calombos e careca, igualzinha a uma batata.

— Isso realmente não tem nada a ver com os gnomos que nós conhecemos - Selene disse

— Voce nunca viu um gnomo? - Teddy perguntou

— Não faz nem 6 meses que eu descobri que sou bruxa garoto - Ela explicou

— Ela é uma bruxa bebê ainda - Regulos sorriu pra sobrinha

Rony segurou-o a distância enquanto o gnomo o chutava com os pezinhos calosos; o garoto o agarrou pelos tornozelos e o virou de cabeça para baixo.
– Isto é o que a gente tem que fazer – explicou. E ergueu o gnomo acima da cabeça (“Tire as mãos de mim!”) e começou a rodá-lo em grandes círculos como se fosse laçar um boi. Ao ver a cara de espanto de Harry, Rony acrescentou:
– Isto não machuca, você só precisa deixá-los bem tontos para não poderem encontrar o caminho de volta para as tocas de gnomos.

Tadinhos, machuca sim - Lilu disse

Ele soltou os tornozelos do gnomo: que voou uns seis metros para o alto e caiu com um baque surdo no campo do outro lado da sebe.
– Lamentável! – exclamou Fred. – Aposto que posso atirar o meu bem além daquele toco de árvore.
Harry aprendeu depressa a não sentir muita pena dos gnomos. Resolveu simplesmente deixar cair por cima da sebe o primeiro que pegou, mas o gnomo, pressentindo fraqueza, enterrou os dentes afiados como navalhas no seu dedo, e Harry teve muito trabalho para sacudi-lo longe, até que...
– Uau, Harry, esse deve ter caído a uns quinze metros... O ar não tardou a ficar coalhado de gnomos voadores.
– Está vendo, eles não são muito inteligentes – disse Jorge, agarrando cinco ou seis gnomos de uma vez. – Na hora que descobrem que está havendo uma desgnomização, aparecem correndo para dar uma espiada. Era de se esperar que já tivessem aprendido a ficar quietos.

— Eles não tem consciência - Alice disse rindo

Logo os gnomos atirados no campo começaram a se afastar em uma linha descontínua, os ombrinhos curvados.
– Eles vão voltar – disse Rony enquanto observavam os gnomos desaparecerem na sebe do outro lado do campo. – Eles adoram isso aqui... Papai é muito mole com eles; acha que são engraçados... Naquele instante, a porta de entrada bateu.
– Ele voltou! – disse Jorge. – Papai está em casa! Os garotos atravessaram correndo o jardim e entraram em casa.

— Agora vem mais uma bronca - Lily disse

— Bronca? - Molly riu - Se ele já não dá broncas agora, imagina mais velho

— O vovô é bonzinho - Hugo falou

O Sr. Weasley estava largado numa cadeira da cozinha, sem óculos e de olhos fechados. Era um homem magro, começando a ficar careca, mas o pouco cabelo que tinha era ruivo como o dos filhos. Usava vestes verdes e longas, que estavam empoeiradas e amarrotadas da viagem.
– Que noite! – murmurou, tateando à procura do bule de chá enquanto todos se sentaram à sua volta. – Nove batidas. Nove! E o velho Mundungo Fletcher ainda tentou me lançar um feitiço quando eu estava de costas... O Sr. Weasley tomou um longo gole de chá e suspirou.

Dobra no Tempo (Vol 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora