Dobra no Tempo (Vol 2)

• Perdão

— Selene — ela ouviu a voz de Harry chamando do lado de fora do quarto e a maçaneta se movendo.

— Não entre — ela disse, rapidamente.

— Preciso falar com você — ele insistiu.

— Só um minuto — ela respondeu, então sussurrou para Fred: — Você precisa ir para outro quarto.

— O que houve? — ele perguntou.

— Harry está na porta, quer falar comigo.

— Entendi, estou indo — ele sussurrou enquanto pegava suas roupas do chão e desaparatava logo em seguida.

Selene rapidamente vestiu sua camisola e foi até a porta.

— Oi.

— Por que demorou? — ele questionou.

— Estava dormindo, ué.

— Pensei que tivesse ouvido alguém aparatar.

— Você está imaginando coisas — ela desconversou.

— Vou para a casa dos Weasley. Você vem também? — ele perguntou.

— Não, tenho algumas coisas para fazer... O que você queria falar comigo?

— Esse garoto do futuro, eu não confio nele.

— Harry, sei que você tem problemas com confiança, mas eu confio plenamente no Teddy.

— Se ao menos você me contasse...

— Não posso te contar nada sobre ele, você sabe disso.

— Tudo bem — ele respirou fundo. — Só quero proteger você, Selene.

— Eu sei, e você está fazendo um ótimo trabalho — ela sorriu. — Mas eu sei me cuidar sozinha.

— Não confio tanto assim — ele brincou. — Bom, estou indo.

— Harry, espera — ela chamou, e ele parou na porta. Selene se aproximou dele e o abraçou. — Eu te amo.

— Também te amo, irmãzinha — ele respondeu, retribuindo o abraço.

Assim que Harry saiu, Selene sentiu o coração apertado, um nó de incerteza se formando em seu peito. Ela não sabia qual seria o destino deles, e essa poderia muito bem ser a última vez que via aquele garoto que em poucos meses havia se tornado seu irmão.

Com Harry e Fred fora da casa, o momento finalmente chegou para Selene tentar usar o vira-tempo novamente. Ela se dirigiu ao quarto onde Teddy estava.

— Ei — ela chamou, entrando no quarto. — Acho que chegou minha vez agora.

— Tem certeza? — ele perguntou.

— Sim.

— Não seria melhor eu ir com você? — ele sugeriu.

— Claro que não, Teddy! Você já está onde eu quero voltar, você ficaria completamente louco se vendo.

— Você tem razão — ele concordou. — Mas eu não posso ficar aqui por tanto tempo.

— Você vai ficar aqui, Monstro vai cuidar de você e talvez Victoire volte para buscá-lo ou... — ela disse, confusa. — Bem, não sei exatamente, mas vai dar tudo certo.

— Então, boa sorte — ele sorriu.

— Obrigada — ela agradeceu a ele.

Enquanto ela se dirigia de volta ao seu quarto, uma ideia surgiu em sua mente, uma última coisa que precisava fazer.