• Vozes

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–Harry –disse Hagrid abruptamente como se tivesse lhe ocorrido um pensamento repentino. –Tenho uma reclamação sobre você. Ouvi falar que andou distribuindo fotos autografadas. Como é que não ganhei nenhuma?

— Hagrid perde o amigo mas não perde a piada - Scorpius disse

Furioso, Harry desgrudou os dentes.
–Não andei distribuindo fotos autografadas –disse alterado. –Se Lockhart continua a espalhar este boato... Mas, então, ele viu que Hagrid estava rindo.
–Só estou brincando –disse, dando palmadinhas amigáveis nas costas de Harry, fazendo-o enfiar a cara na mesa. –Eu sabia que não tinha dado. Eu disse a Lockhart que você não precisava fazer isso. Você é mais famoso do que ele sem fazer a menor força.

— HAHAHAHAHAHHAHAHA - Sirius gargalhou - Por isso eu amo hagrid

–Aposto como ele não gostou disso –comentou Harry erguendo a cabeça e esfregando o queixo.
–Acho que não –respondeu Hagrid, com os olhos cintilando. –E então falei que nunca tinha lido um livro dele e ele resolveu ir embora. Quadradinhos de chocolate, Rony? –acrescentou, ao ver Rony reaparecer.
–Não, obrigado –disse o menino, fraco. –É melhor não arriscar.
–Venham ver o que andei plantando –convidou Hagrid quando Harry e Mione terminaram de beber o chá.

— Hagrid é bem aleatório - Alice II falou

Na pequena horta nos fundos da casa havia uma dúzia das maiores abóboras que Harry já vira. Cada uma tinha o tamanho de um pedregulho.
–Estão crescendo bem, não acha? –perguntou Hagrid alegre. –Para a Festa das Bruxas... até lá já devem estar bem grandes.
–Que é que você está pondo na terra? –perguntou Harry. Hagrid espiou por cima do ombro para ver se estavam sozinhos. –Bom, tenho dado, sabe, uma ajudinha... Harry reparou no guarda-chuva florido de Hagrid encostado na parede dos fundos da cabana. Harry sempre tivera razões para acreditar até aquele momento que aquele guarda-chuva não era bem o que parecia; na verdade, tinha a forte impressão de que a velha varinha escolar de Hagrid se escondia dentro dele.

— Só impressão Harry? - Malfoy perguntou

O guarda-caça fora expulso de Hogwarts no terceiro ano, mas Harry nunca descobrira a razão era só mencionar o assunto, e ele pigarreava alto e se tornava misteriosamente surdo até que se mudasse de assunto.
–Um feitiço de engorda? –perguntou Mione, num tom de quem se diverte e desaprova. –Bem, você fez um bom trabalho.
–Foi o que a sua irmãzinha disse –comentou Hagrid, fazendo sinal a Rony. –Encontrei-a ainda ontem. –Hagrid olhou de esguelha para Harry, a barba mexendo. –Ela me disse que estava só dando uma olhada pelos jardins, mas eu calculo que estava na esperança de encontrar alguém na minha casa.

Ginny se mexeu e Harry passou a mão nos seus ombros

–E piscou para Harry. –Se alguém me perguntasse, ela é uma que não recusaria uma foto...

— Eles não vão deixar ela em paz nunca - Lily disse rindo

–Ah, cala a boca –disse Harry.
Rony deu uma risada abafada e o chão ficou cheio de lesmas.
–Cuidado! –rugiu Hagrid, puxando Rony para longe das suas preciosas abóboras. Era quase hora do almoço e como Harry só comera uns quadradinhos de chocolate desde o amanhecer, estava doido para voltar à escola e almoçar. Eles se despediram de Hagrid e regressaram ao castelo. Rony tossia de vez em quando, mas só vomitou duas lesminhas. Mal tinham entrado no saguão quando ouviram uma voz.
–Aí estão vocês, Potter, Weasley. –A Profa McGonagall veio em direção a eles, com a cara séria. –Vocês dois vão cumprir suas detenções hoje à noite.
–O que nós fizemos, professora? –perguntou Rony, contendo, nervoso, um arroto.

Dobra no Tempo (Vol 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora