• Mandrágoras

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–Harry! Estou querendo dar uma palavra... a senhora não se importa se ele se atrasar uns minutinhos, não é, Profa Sprout?

— Porque ele não deixa o garoto em paz - Narcisa disse revirando os olhos

A julgar pela cara de desagrado da professora, ela se importava sim, mas Lockhart disse:

–É isso aí. –E fechou a porta da estufa na cara dela. –Harry –disse Lockhart, os dentões brancos faiscando ao sol quando ele balançou a cabeça. –Harry, Harry, Harry. Completamente estupefato, Harry ficou calado. –Quando ouvi, bem, é claro que foi tudo minha culpa. Tive vontade de me chutar.

— Do que esse louco tá falando? - James perguntou

Harry não fazia ideia do que é que o professor estava falando. Ia dizer isso quando Lockhart acrescentou:
–Nunca fiquei tão chocado em minha vida. Chegar a Hogwarts num carro voador! Bem, é claro, entendi na mesma hora por que você fez isso. Estava na cara. Harry, Harry, Harry.
Era incrível como é que ele conseguia mostrar cada um daqueles dentes brilhantes até quando não estava falando. –Teve uma provinha de publicidade, não foi? –disse Lockhart. –Ficou mordido. Esteve na primeira página comigo e não pôde esperar para repetir o feito.

— Ele acha que o Harry fez isso por atenção? - Lily reclamou - Que idiota ele nem conhece o garoto

–Ah, não, professor, sabe...
–Harry, Harry, Harry –disse Lockhart, segurando-o pelo ombro. –Eu compreendo. É natural querer mais depois de provar uma vez, e eu me culpo por ter-lhe dado a oportunidade, porque a coisa não podia deixar de lhe subir à cabeça, mas olhe aqui, rapaz, você não pode começar a voar em carros para tentar chamar atenção para a sua pessoa. É bom se acalmar, está bem? Tem muito tempo para isso quando for mais velho. É, é, sei o que está pensando! “Tudo bem para ele, já é um bruxo internacionalmente conhecido!”Mas quando eu tinha doze anos, era um joão-ninguém como você é agora.

— Ele é muito mais famoso que você seu imbecil - Sirius disse

— Como Lockhart pode ter ficado tão babaca - Alice disse

— Ele sempre foi! - Frank falou para a namorada

–  Diria até que era mais joão-ninguém! Quero dizer, algumas pessoas já ouviram falar de você, não é mesmo? Todo aquele episódio com Ele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado! –Ele olhou para a cicatriz em forma de raio na testa de Harry. –Eu sei, eu sei, não é tão bom quanto ganhar o Prêmio do Sorriso mais Atraente do Semanário dos Bruxos cinco vezes seguidas, como eu, mas é um começo, Harry, é um começo.

— Ele era pior do que eu imaginava - Alvo disse

Ele deu uma piscadela cordial a Harry e foi-se embora a passos largos. Harry continuou aturdido por alguns segundos, depois, lembrando-se de que devia estar na estufa, abriu a porta e entrou sem chamar atenção. A Profa Sprout estava parada atrás de uma mesa de cavalete no centro da estufa. Havia uns vinte pares de abafadores de ouvidos de cores diferentes arrumados sobre a mesa. Quando Harry tomou seu lugar entre Rony e Hermione, a professora disse:
–Vamos reenvasar mandrágoras hoje. Agora, quem é que sabe me dizer as propriedades da mandrágora? Ninguém se surpreendeu quando a mão de Hermione foi a primeira a se levantar.
–A mandrágora é um tônico reconstituinte muito forte –disse Hermione, parecendo, como sempre, que engolira o livro-texto. –É usada para trazer de volta as pessoas que foram transformadas ou foram enfeitiçadas no seu estado natural.

— O que Hermione precisava era de um concorrente - Draco disse

— Mas infelizmente ninguém chegava nem perto dela - Ron respondeu e Hermione ficou vermelha

Dobra no Tempo (Vol 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora