• 50 anos antes

63 8 20
                                    

Harry se recolheu ao dormitório antes dos colegas àquela noite. Em parte era porque achava que não ia conseguir aguentar Fred e Jorge cantando “Teus olhos são verdes como sapinhos cozidos” Mais uma vez

— Queria tanto conhecer eles dois - James disse

— Porque eles não vieram mesmo?

— Acho que talvez não tenha mudança significativa que precise deles - Neville respondeu rapidamente

— Não ia ter espaço pra todos os Weasley's aqui - Marlene disse

— Na verdade eu acredito que seja porque eles já estão aqui e mesmo crianças não pode ter duas versões da mesma pessoa juntos - Remus explicou

— Mas os gêmeos não estão aqui - Frank rebateu

— Estão na barriga da Molly né - Alice falou para o namorado

E em parte porque queria examinar o diário de Riddle e sabia que Rony achava que era uma perda de tempo. Harry sentou-se na cama de colunas e folheou as páginas em branco, nenhuma das quais tinha sequer vestígio de tinta vermelha. Então tirou um tinteiro novo do armário ao lado da cama, molhou a pena e deixou cair um pingo na primeira página do diário. A tinta brilhou intensamente no papel durante um segundo e, em seguida, como se estivesse sendo chupada pela página, desapareceu. Excitado, Harry tornou a molhar a pena uma segunda vez e escreveu:
“Meu nome é Harry Potter.”
As palavras brilharam momentaneamente na página e também desapareceram sem deixar vestígios. Então, finalmente, aconteceu uma coisa. Filtrando-se de volta à página, com a própria tinta de Harry, surgiram palavras que ele nunca escrevera.
“Olá, Harry Potter. Meu nome é Tom Riddle.

— Foi o que eu imaginei mesmo - Snape disse respirando fundo

— Isso é ruim? - Lily perguntou

— Dependendo das intenções é péssimo - Régulos falou

"Como foi que você encontrou o meu diário?”
Essas palavras também se dissolveram, mas não antes de Harry recomeçar a escrever.
“Alguém tentou se desfazer dele no vaso sanitário.”
Ele esperou, ansioso, pela resposta de Riddle.
“Que sorte que registrei minhas memórias em algo mais durável que a tinta. Mas sempre soube que haveria gente que não ia querer que este diário fosse lido.”

— Já não estou gostando disso - Teddy falou

“Que quer dizer com isso?”
escreveu Harry, borrando a página de tanta excitação.
“Quero dizer que este diário guarda memórias de coisas terríveis. Coisas que foram abafadas. Coisas que aconteceram na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.”
“É onde eu estou agora”
respondeu Harry depressa.

Ele não deveria estar conversando com esse diário - Arthur falou

— Eu sempre digo - Molly começou a falar —Nunca confie em nada que é capaz de pensar se você não pode ver onde fica o seu cérebro. - Ginny completou a frase com ela com um sorriso triste

“Estou em Hogwarts e coisas terríveis estão acontecendo. Sabe alguma coisa sobre a Câmara Secreta?”
Seu coração batia forte. A resposta de Riddle veio depressa, a caligrafia mais desleixada, como se estivesse correndo para contar tudo o que sabia.
“Claro que sei alguma coisa sobre a Câmara Secreta. No meu tempo, disseram à gente que era uma lenda, que não existia. Mas era uma mentira. No meu quinto ano, a Câmara foi aberta e o monstro atacou vários alunos e finalmente matou um. Peguei a pessoa que tinha aberto a Câmara e ela foi expulsa. Mas o diretor, Prof. Dippet, constrangido porque uma coisa dessas acontecera em Hogwarts, proibiu-me de contar a verdade. A história que foi divulgada é que a menina morrera em um acidente imprevisível. Eles me deram um troféu bonito, reluzente e gravado, pelo meu trabalho, e me avisaram para ficar de boca fechada. O monstro continuou vivo, e aquele que tinha o poder de libertá-lo não foi preso.”

Dobra no Tempo (Vol 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora