• Defesa contra a arte das trevas

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Lá pelo fim da aula, Harry, como todos os outros, estava suado, dolorido e coberto de terra. Eles voltaram ao castelo para se lavar rapidamente, e então os alunos da Grifinória correram para a aula de Transfiguração.
As aulas da Profa McGonagall eram sempre trabalhosas, mas a de hoje estava particularmente difícil. Tudo que Harry aprendera no ano anterior parecia ter-se esvaído de sua cabeça durante o verão. Devia transformar um besouro em um botão, mas a única coisa que conseguiu foi forçar o besouro a fazer muito exercício, pois o inseto corria por toda a superfície da carteira para fugir de sua varinha.

— Transfiguração é tão fácil - Lilu disse

— Não é nada fácil - Hugo respondeu

— Pra ela é fácil, porque ela é muito boa nisso - Alvo disse fazendo as bochechas da irmã corarem

— Eu também acho Transfiguração bem fácil - James disse

— Viu! Eu sabia que não estava sozinha nessa - Lilu disse aos irmãos e primos

— Nossa, clube de duas pessoas que gostam de transfiguração - JaySix irritou a irmã

Rony estava enfrentando um problema muito pior. Tinha remendado a varinha com um pouco de fita adesiva que pedira emprestada, mas a varinha parecia danificada para sempre.

— Não tem jeito de concertar varinha - Snape disse

— Na verdade tem um jeito sim - Harry falou

— Impossível - Régulos disse

— Vocês vão entender depois - Hermione disse e Dumbledore sorriu

Não parava de estalar e faiscar nas horas mais estranhas, e cada vez que Rony tentava transformar o besouro ela o envolvia em uma densa fumaça cinzenta que cheirava a ovos podres.

— Você precisa de uma varinha nova - Arthur disse

— A versão de vocês da época não concordavam muito não - Ron gemeu

Acidentalmente ele esmagou o seu besouro com o cotovelo e teve que pedir um novo. A Profa McGonagall não ficou nada satisfeita. Foi um alívio para Harry ouvir a sineta para o almoço. Seu cérebro parecia ter virado uma esponja espremida. Todos saíram da sala exceto ele e Rony, que, furioso, dava golpes de varinha na carteira.
–Coisa, burra, inútil.
–Escreva para casa pedindo uma nova –sugeriu Harry quando a varinha produziu uma saraivada de tiros feito um rojão.
–Ah, sim, e recebo outro berrador em resposta –disse Rony enfiando na mochila a varinha, que agora sibilava. –“A culpa é sua se sua varinha partiu...”

— Não vai dar pra estudar com uma varinha assim - Alice falou

Os três amigos desceram para o refeitório, onde o humor de Rony não melhorou ao ver a coleção de botões perfeitos que Hermione mostrava ter feito na aula de Transfiguração.
–Que vamos ter hoje à tarde? –perguntou Harry, mudando de assunto depressa. –Defesa Contra as Artes das Trevas –respondeu Hermione na mesma hora. –Por que –perguntou Rony, apanhando o horário dela –você sublinhou com coraçõezinhos as aulas de Lockhart? Hermione puxou o horário da mão de Rony, corando loucamente.

— Que decepção viu madrinha - JaySix disse

— Aí eu era criança - ela falou

Quando terminaram o almoço os três saíram para o pátio nublado. Hermione se sentou em um degrau de pedra e tornou a enfiar o nariz em Excursões com vampiros. Harry e Rony ficaram discutindo quadribol durante vários minutos até Harry perceber que estava sendo atentamente vigiado. Ao erguer os olhos, viu que o garoto miudinho de cabelos louro-cinza que ele vira experimentando o Chapéu Seletor na véspera o encarava como que paralisado. Estava agarrado a um objeto que parecia uma máquina fotográfica de trouxas e, no momento em que Harry olhou para ele, ficou escarlate. –Tudo bem, Harry? Sou... Colin Creevey –disse o menino sem fôlego, adiantando-se hesitante.

Dobra no Tempo (Vol 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora