• Sigam as Aranhas

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—CAPÍTULO QUINZE
—Arogogue

O verão espalhou-se lentamente pelos jardins que cercavam o castelo; o céu e o lago, os dois, ficaram azul-clarinhos, e flores do tamanho de repolhos se abriram repentinamente nas estufas. Mas sem a visão de Hagrid caminhando pelos jardins com Canino nos calcanhares, a paisagem vista das janelas do castelo não parecia normal para Harry, aliás, era pouco melhor do que o interior do castelo, onde as coisas pareciam terrivelmente erradas. Harry e Rony tentaram visitar Mione, mas as visitas à ala hospitalar agora não eram permitidas.

— Foi uma das piores épocas de Hogwarts - Neville disse - O 5 ano foi difícil por outros motivos também

— Eu acho que foi a pior - Draco respondeu

— É porque você não tava naquela época...

— Você tem razão

— Nossa muito legal o papo dos dois sem dar nenhum spoiler - James falou

— Eu entendi muita coisa - Marlene disse - O 5 ano deles já sabemos que vai ser horrível, e teve alguma época que o Ron não estava na escola

— Será que estava doente? - Molly perguntou

–Não queremos mais nos arriscar –disse Madame Pomfrey, com severidade, por uma fresta na porta da enfermaria. –Não, sinto muito, há grande possibilidade de o atacante voltar para liquidar os pacientes...
Com a saída de Dumbledore, o medo se espalhou como nunca antes, de modo que o sol que aquecia as paredes do castelo por fora parecia se deter nas janelas de caixilhos. Quase não se via na escola um rosto que não parecesse preocupado e tenso, e qualquer risada que ecoasse pelos corredores soava aguda e artificial e era rapidamente abafada. Harry repetia constantemente para si mesmo as últimas palavras de Dumbledore:  “Só terei realmente deixado a escola quando ninguém mais aqui for leal a mim... Hogwarts sempre ajudará aqueles que a ela recorrerem.”Mas de que adiantavam essas palavras? A quem exatamente pediriam ajuda quando todos estavam tão confusos e apavorados quanto eles?

— Dumbledore poderia dizer as coisas diretamente, sem fazer enigmas - Sirius falou

A dica de Hagrid sobre as aranhas era muito mais fácil de entender –o problema era que não parecia ter restado uma única aranha no castelo para se seguir. Harry procurava por todo lado aonde ia, com a ajuda (um tanto relutante) de Rony. Eles eram atrapalhados, é claro, pelo fato de não poderem andar sozinhos, tinham que se deslocar pelo castelo com um grupo de alunos da Grifinória. A maioria dos seus colegas parecia satisfeita em ser acompanhada de aula em aula por professores, mas Harry achava isso muito aborrecido.

— Óbvio que ele acha - Selene revirou os olhos

Havia porém uma pessoa que parecia estar se divertindo muito com a atmosfera de terror e suspeita. Draco Malfoy andava se pavoneando pela escola como se tivesse acabado de ser nomeado monitor-chefe. Harry não entendeu por que andava tão satisfeito até a aula de Poções, duas semanas depois de Dumbledore e Hagrid terem ido embora, quando, sentado atrás de Malfoy, Harry ouviu-o se gabar para Crabbe e Goyle.
–Eu sempre achei que meu pai era a pessoa que iria se livrar de Dumbledore –disse sem se preocupar em manter a voz baixa.

— Algo devia ser feito - Lucius falou

— Lamento não acreditar que eu irei ficar muito tempo longe da escola - Dumbledore respondeu distraído

–Falei com vocês que ele achava que Dumbledore era o pior diretor que a escola já tinha tido. Talvez a gente tenha um diretor decente agora. Alguém que não queira manter a Câmara Secreta fechada. McGonagall não vai durar muito tempo, ela só está substituindo... Snape passou por Harry, sem fazer comentários sobre a cadeira e o caldeirão vazios de Mione. –Professor –perguntou Draco em voz alta. –Professor, por que é que o senhor não se candidata ao lugar de diretor?

Dobra no Tempo (Vol 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora