o Don da Máfia

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E nós ficamos ali abraçados e dançando. É um momento sublime, a qual eu jamais pensei que iria vivenciar com ele. E em pensar que a uns meses atrás ele era um completo monstro. É estranho. Claro que para mim de uma certa forma ele continua sendo um pouco estranho. Eu não conheço Matteo há muito tempo, mais eu estou disposta a conhecê-lo é dar-lhe uma oportunidade de mudar, e se tornar uma pessoa melhor!

E naquela leve dança, naquele momento de aconchego, os nossos olhos se encontram no mesmo tempo. Havia em seus olhos um olhar de ternura, mais também um olhar que não me era estranho, um olhar de luxúria e desejo.

Seus olhos me devoram com uma intensidade que me deixa sem fôlego. Num simples olhar, é capaz de transmitir um desejo incontrolável, uma luxúria que incendeia cada célula do meu corpo. É como se o mundo ao nosso redor desaparecesse, e só restasse a fome insaciável que arde em nosso íntimo.

Nesses olhos, encontro o calor de um desejo proibido, uma vontade inebriante de explorar cada detalhe, cada curva do meu corpo. E, nesse jogo de olhares, compreendo que o prazer está à espreita, pronto para nos consumir.

E, conforme nossos olhos se encontram, sinto-me mergulhar num mar de paixão desenfreada, onde não há espaço para limites ou convenções. É um convite sedutor para nos entregarmos à lascívia, às fantasias mais ousadas e secretas.

Mas ao mesmo tempo em que teus olhos exalam desejo e luxúria, percebo neles um brilho sincero, uma chama que vai além do físico. É o desejo de mergulhar na profundidade de nossas almas, de nos conectar verdadeiramente, sob o manto da paixão.

Nesse olhar de desejo e luxúria, encontro também a promessa de um prazer transcendental, onde a entrega é mútua e completa. São esses olhos que me inspiram a me abandonar em tuas mãos habilidosas e me permitir desfrutar de todos os prazeres que a vida tem a oferecer.

E assim, entregando-me a esse olhar que incendeia minha pele e desata todos os meus desejos mais ocultos, deixo-me levar pelo turbilhão de emoções que só sua presença é capaz de despertar. Nesse momento, não há palavra que possa expressar o que sinto, apenas o intenso desejo de nos perdermos em um abismo de prazer e luxúria.

E sem pensar duas vezes eu o beijo. Um beijo intenso. Após passar quase dois minutos do beijo, eu nos separo para recuperar o fôlego e ficamos ali nos encarando e refletindo no que acabou de acontecer.

Matteo: Nunca me beijou assim, o que ouve? — pergunta quebrando o silêncio.

Antonella: Seus olhos! Seus malditos olhos castanhos. Eles  me fascinam, parece que eu consigo ver o seus desejos nele.

Matteo: E o que eu desejo? — diz se aproximando.

Antonella: Eu não sei, me diz você! Me deseja tanto assim?

Matteo: Muito! Te desejo tanto que você nem imaginaria!

Antonella: Eu to com tanto medo. Medo de doer, medo de lembrar daquele maldito dia, medo de tantas coisas. Mais eu quero! Quero muito, eu nunca me imaginei te dizendo isso um dia, porém, eu to aqui! implorando para que... me faça sua mulher por completo!

Matteo: Isso que quer dizer que...

Antonella: Que não precisa se prender! Eu quero... Quero que seja o homem que vai tirar a minha virgindade!

Matteo: Merda... Você me deixa tão... louco! — Ele me vira de costas e me abraça por trás e deposita vários beijos em meu pescoço. Estamos tão próximos um do outro que sou capaz de sentir seu amiguinho roçando em mim.

— Matteo?  — Chamo-o.

Matteo: O que foi, Piccola?

Antonella: O que é que está tocando minhas costas? — pergunto.