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🎸 | Boa leitura!

Conforme os dias vão passando, eu me convenço mais de que Dulce é algum tipo de karma que eu estou pagando por ter passado tanto tempo do início da minha carreira sendo irresponsável

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Conforme os dias vão passando, eu me convenço mais de que Dulce é algum tipo de karma que eu estou pagando por ter passado tanto tempo do início da minha carreira sendo irresponsável. Se antes eu saía para beber no meio da semana, hoje isso está fora de cogitação porque não é o comportamento de alguém que se importa com a própria carreira. É uma das frases favoritas dela, aposto que se pudesse gravaria a própria voz dizendo isso e configuraria para virar o som do meu despertador.

Se eu pudesse voltar no tempo e dar aquela entrevista de novo, jamais teria sido sincero sobre me incomodar com a falta de privacidade na minha vida. Dane-se tudo isso, eu poderia aguentar essa merda sem a General tratando de tornar os meus dias cada vez mais insuportáveis.

É manhã de domingo e eu estou correndo em um parque perto do centro. É um pouco longe de onde eu moro e mais movimentado do que eu gostaria, mas a vista é legal, me ajuda a relaxar. Nesse dia em específico, vejo que o lugar está até tranquilo, pouquíssimas pessoas me abordaram para me cumprimentar e tirar fotos, nada que tenha me incomodado, talvez pelo fato de eu estar usando moletom e boné para me esconder um pouco.

— Eu estou doida para o seu show de estreia! — uma garota muito feliz fala enquanto eu autografo a sua agenda. — Fiquei horas na frente do computador brigando para conseguir um ingresso antes que esgotassem. Foi por pouco, mas eu venci! — ri.

— Fico muito feliz por você, Mary. Espero que se divirta. — sorrio gentilmente e devolvo a agenda e a caneta.

— Obrigada, Christopher! — seu sorriso é enorme. — Você é o melhor, eu te amo! — me dá um abraço de tirar o fôlego.

— Eu também te amo. — beijo o rosto dela e me despeço antes de voltar a correr.

Quando me aproximo de um grupo de adolescentes, vejo-os sussurrando. E não que eu seja babaca nem nada, mas lidar com mais de cinco jovens ao mesmo tempo é uma tarefa que requer paciência, algo que eu não ando tendo nos últimos tempos. Para evitar que eu tenha que me entrosar numa conversa desconfortável onde eu possa acabar sendo grosseiro sem querer, abaixo a cabeça olhando para o chão para esconder meu rosto sob o boné e acelero a minha corrida.

Posso ouvi-los discutindo coisas como "é o Christopher Uckermann?" "Não, não pode ser." "Eu acho que é sim." "E eu acho que você está cega." "Mas e se for?" "Alguém quer ir perguntar?" "Vai você!"

Me distraio com isso e como não estou olhando para a frente e corro mais rápido do que o comum, acabo trombando bruscamente com alguém. Ambos caímos no chão e a mulher solta um murmúrio de dor enquanto suas mãos voam para o seu tornozelo amparando uma possível torção.

Vejo que machuquei meu cotovelo, há um rasgão no moletom bem ali onde eu bati no chão.

— Que merda! — a mulher reclama em voz alta e eu automaticamente sinto um arrepio ruim.

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