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🎸 | Boa leitura!

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— Como... — balbucio confuso enquanto olho para uma Dulce prestes a arrancar a minha cabeça.

Por um segundo, acho que ela é uma alucinação, um resultado das duas horas que eu passei na esteira tentando tirar de mim todo o sentimento negativo que me consumiu e tirou o meu sono na noite anterior. Mas ela está bem aqui, em toda a sua furiosa glória.

— Eu ainda sou a sua assessora. Obviamente eu iria tentar resolver a merda que você causou! Vinte segundos. — cruza os braços e me encara como se me desafiasse a dizer qualquer coisa que possa irritá-la ainda mais.

— Eu quero resolver as coisas, entender o que aconteceu, convencer a Catarina a dizer a verdade.

— Que verdade? Você enfiando o seu pau nela?

— Eu não fiz isso. — digo depois de um suspiro.

— O que? — franze o cenho.

— Eu não transei com ela, eu sei que não faria isso. Eu amo você, Dulce, jamais te trairia, por mais louco que eu pudesse estar. — cada palavra sai da minha boca como se eu estivesse sentindo dor. E eu estou. Cada parte interna do meu corpo dói.

— Mas... — ela pisca e descruza os braços totalmente confusa. — Ontem você disse que poderia ter feito. Você não estava confiante.

— Eu pensei melhor. Ontem nós dois estávamos muito nervosos, eu não tinha parado pra analisar a mim mesmo depois do que aconteceu naquela festa. Nunca fui de acreditar muito na minha capacidade de ser responsável e essa insegurança pesou. Mas eu meditei e coloquei minha cabeça no lugar. — dou alguns passos para chegar perto dela. — Agora eu tenho certeza que jamais faria isso com você, mesmo que eu não me lembre do que aconteceu.

Dulce precisa erguer a cabeça para me encarar, porque eu estou muito perto. Seus olhos estão arregalados e ela está analisando o meu rosto da mesma forma que fez depois que Jean Martin soltou a bomba sobre ela. Quando lágrimas se formam fazendo suas íris castanhas brilharem, eu sigo o instinto protetor de segurar o seu rosto entre minhas mãos. Mas quando a toco, Dulce pisca, se afasta e abraça a si mesma.

— Por que está fazendo isso comigo? — pergunta de um jeito pesaroso.

— Eu só estou tentando consertar as coisas.

— Você está brincando com a minha cabeça!

— Não! — exclamo em desespero. — Pelo amor de Deus, não. — tento chegar perto de novo, mas ela se afasta mais e suas lágrimas começam a cair pesadas e silenciosas. — Por favor, acredite em mim...

— Acreditar na sua mudança repentina de ideia? — sua voz sai embargada por causa do choro. — Christopher, eu não sou idiota!

— Você não é, claro que não é. Mas é justa. E me ama. Você me ama.

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