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🎸 | Boa leitura!

Acabo de sair do elevador e estou parado vendo os dois se afastarem até a saída do hotel

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Acabo de sair do elevador e estou parado vendo os dois se afastarem até a saída do hotel. Louis coloca a mão sobre a lombar dela e eles caminham no mesmo ritmo, muito próximos. Dulce está vestida de um jeito diferente, o vestido leve e floral balançando por suas pernas conforme ela se move. E seu cabelo solto está mais bem penteado do que em qualquer outro momento em que ela tenha decidido não deixá-lo preso. E tudo o que fica atrás deles é essa sensação raivosa que preenche a minha mente. Depois dos meus avisos, como ela pode sair com esse idiota?

Eu tinha planos de sair do hotel e ir até uma biblioteca pública próxima, mas volto para o elevador e vou até o meu quarto de novo. O show acontece à noite e nós ensaiamos somente pela manhã, tendo tirado a tarde para descanso. Pego o meu violão e me concentro em tocar alguma coisa, distrair a minha mente e preenchê-la com algo que seja produtivo. Não importa que Dulce tenha sido boba e caído nas graças do Louis, isso não é da minha conta e não deveria me irritar. Meu lado racional sabe de tudo isso, mas o meu lado emocional está sendo teimoso.

Toco uma música agitada, bato nas cordas do violão com força com meus dedos e uma das cordas arrebenta. Solto um palavrão e começo a trocar por uma nova. Imagino ela rindo enquanto eles comem em algum restaurante genérico, imagino ele tentando elogiar ela o tempo todo, com certeza bobo por ela ter mudado a forma de se vestir para ele. Ela se dedicou demais à própria aparência para esse encontro e isso me irrita mais.

Passo o resto da tarde tocando até meus dedos doerem e depois me arrumo para o show. A jaqueta que uso está cheia de brilhantes que se iluminam sob a luz. Estou seguindo o catálogo que o George fez, uma roupa especial para cada cidade por onde a turnê passar. O último toque é guardar a minha pulseira da sorte em um dos bolsos internos da jaqueta. Sempre exijo que todas tenham um bolso interno especialmente para isso. Nunca fiz um show sem o meu amuleto, me sinto mais seguro assim.

Vou até o local do show com o motorista e sou recebido pelos seguranças na entrada da arena. Está cedo, só começamos a tocar em quarenta minutos, mas há uma fila de fãs que está na entrada principal há dias. Eu gostaria que essas pessoas não se arriscassem desse jeito só para me ver, mas se eu disser isso em público provavelmente a Dulce vai querer me matar. Por falar nela, espero que seu encontro tenha sido um fracasso e que ela aprenda que eu tenho razão sobre quem o Louis é.

Estou no camarim fazendo o aquecimento de voz quando ouço um burburinho no corredor. Aproximo-me da porta e a entreabro um pouco para ouvir melhor.

— Aí ele me levou até uma loja vintage de vinis, eu nem sabia que isso ainda existia! — é a Dulce falando e ela está muito animada. — Eles também fazem vinis de álbuns modernos e o Louis comprou dois da Lana Del Rey pra mim.

Rolo tanto os olhos que sinto dor.

— Vocês se beijaram? — reconheço a voz da Maite.

— Bem, ele tentou... — há hesitação em sua voz. — Na loja também podíamos tocar uns instrumentos e ele insistiu que queria me ver tocando bateria, então eu fui lá. Eu ainda estava sentada no banco, ele disse que eu era incrível e se esquivou pra me beijar.

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