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🎸 | Boa leitura!

Isso com certeza vai para o topo da lista de coisas mais desconfortáveis que eu já tive que fazer na vida

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Isso com certeza vai para o topo da lista de coisas mais desconfortáveis que eu já tive que fazer na vida. Catarina e eu estamos trocando olhares constrangedores enquanto ela coloca a tampa do teste e o deixa sobre a pia do banheiro para esperar o resultado aparecer.

— Não acredito que ficou mesmo aí parada olhando. — ela faz uma careta e senta sobre a tampa do vaso sanitário.

— Vou superar isso na terapia. — dou de ombros.

— Como pode defendê-lo com unhas e dentes desse jeito?

— É o meu trabalho.

— Não. Parece que você se importa além disso. Como se fosse pessoal. — me analisa de cima a baixo.

— Eu apenas sou boa no que faço. — forço um sorriso.

— Acho que já está pronto. — acena com a cabeça para a pia.

Não deixo transparecer o quão nervosa eu estou com tudo isso, meu coração acelerado e minha garganta seca são uma coisa para eu lidar sozinha. Por fora, estou na mais plena calma e caminho sem hesitar até o teste. Conto até três mentalmente e o viro.

Positivo.

Eu disse que estava grávida, só não estava confortável pra fazer um teste com você me vigiando.

Não dou atenção às palavras dela e nem ouso olhá-la enquanto saio do banheiro apertando o teste entre meus dedos. Caminho a passos rápidos e pesados até a sala, onde Christopher está sentado no sofá esperando. Ele fica de pé assim que me vê e sua expressão fica tensa quando ele percebe a minha.

— Parabéns, papai! — jogo o teste na mesinha de centro.

— Dulce, isso não...

— O que mais você espera que aconteça? Essa era a chance de provar que ela está mentindo e ela não está!

— Por favor, Dulce, eu tenho certeza que tem uma explicação plausível pra isso! — ele está gesticulando de forma desesperada. — Vou pedir um exame de DNA. Essa criança não é minha.

— Vai inventar mais desculpas? — é a Catarina que diz isso, chegando logo atrás de mim. — Tudo bem, Christopher, você realmente não queria transar comigo naquela noite, mas Catarina se parece com Katrina e você não quis checar se estava certo.

Olho para ele e analiso a sua reação. Aquela centelha de dúvida, a mesma da noite em que descobri tudo, está de volta. Ele acha que pode ter se confundido, está estampado em seu rosto. Bom, confusão ou não, ainda fui traída e isso ainda dói como o inferno. Ainda me atrevi a deixar um pouco de esperança surgir em mim quando ele disse que não fez nada.

Me viro de frente para ela e continuo com o rosto centrado, segurando todas as minhas emoções no fundo do meu estômago.

— O motorista vai te levar para casa. — digo. — Entraremos em contato quando decidirmos como lidar com toda a situação, mas adianto que deva esperar um pedido de DNA e, pelo amor da minha paciência, não se atreva a se sentir ofendida por isso. Você não tem dignidade nenhuma aqui.

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