Uma Pequena Amostra

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                         Robert

Tomado por pequenos pontos de luz, com a aréola prateada envolvendo a lua cheia, na parte baixa, o céu noturno encontra-se limpo. O tímido brilho prateado, banhando a cidade é afugentado pelos postes de iluminação. Iniciando seu vigor na lateral direita da avenida pavimentada, onde localiza-se a vegetação rasteira, logo após isso, as árvores baixas da floresta atlântica.

Meus dedos curvados envolvem o volante, girando-o suavemente. Embora levemente inaudível, a lufada de ar que sai pelas minhas narinas é pesada.

Seguindo o percurso instruído pelo GPS, eu dirijo pelas de... Tudo bem! Natal.

Não culpei-a por isso. Quando justificando minha vida ao Brasil com o pretexto de uma última visita a nossa propriedade, antes da nossa vinda ao país programada para a próxima semana, e o final previsto para quinze dias logo após, seus olhos semicerram-se e a desconfiança iniciou sua tomada.

Embora adotando uma postura aborrecida, por estarmos de volta aquilo. E indagando-a, se eu quisesse realmente traí-la precisaria viajar para outro continente para isso, mais tarde em meu jatinho direcionando-me para terras brasileiras, esse ocorrido levou-me a refletir que se isso for adiante -O que eu realmente espero que aconteça - preciso encontrar um jeito de leva-la para Malibu, que para minha comodidade isso não mais aconteça.

Acomodada no banco do carona, o ligeiro arquear do seu pescoço fino e pálido, enquanto ela absorve o ar, atrai brevemente meu olhar. Retorno-o em seguida para a avenida tomada pelo alto fluxo de veículo, torço um dos cantos da minha boca. Relaxo-a no momento seguinte.

Mundialmente famoso, vida pessoal é um privilégio cuja descrição torna-se indispensável. Artifício do qual, mais cedo no aeroporto internacional, após

aterrissar minha singela aeronave, ao encontrar Fabiano na área de desembarque, odiei precisar utilizá-lo.

Com o aspecto arroxeado envolvendo a parte baixa do céu, pequenos pontos de luz, timidamente dispersavam-se pela escura extensão. O crepúsculo iniciava seu breve reinado sobre a cidade. Jeans escuro, casaco cinza com capuz, posicionando-me no banco do carona, no singelo Honda Civic preto, a sensação predominante era um regresso aos meus cinco anos.

Afivelei o cinto. Tateei pela extensão das minhas coxas, no bolso frontal do jeans. Ao encontrar meu celular, desbloqueei a tela, abri o Whats App em seguida, teclando seu nome no ícone de pesquisa, o curvar dos meus lábios foi inevitável.

Resultado do passeio dos meus pensamentos, nas prováveis atitudes possíveis a serem tomadas por ela, quando seus grandes olhos cor avelã me encontrassem. Envolver meu abdômen com suas pernas pequenas, ao pular em meus braços, foi a primeira delas. A existência da possibilidade dela estar alheia ao acontecido era inegável, mas independente disso, duvido que aquele filho da puta se aproxime dela agora. E a simples ciência de tudo que posso proporcioná-la foi o suficiente para manter o suave esboço de sorriso.

O pescoço pálido e delicado contornado por uma fina coleira preta, os lábios volumosos erguidos num sorriem para a câmera em sua foto de perfil. Uma súbita ideia ocorreu-me.

Deslizando o polegar no centro da tela, resultando na exibição em que o menu de aplicativos foi exibido. Pressionei o ícone do Instagram. Certo quanto o seu desconhecimento á respeito, acionei mecanismo de busca do aplicativo e digitei seu nome de usuário, meu sorriso se desfez.

Presos no topo da cabeça em formato de coque, seus lisos cabelos negros harmonizava-se ao vestido cercando seus ombros. Maquiagem suave, o batom escuro em seus lábios, acentuavam seu pálido tom de pele. Finalizada pesquisa, em sua foto de perfil, trazendo um ar descontraído, ela sorria para mim.

My Sweet Sugar Daddy | Imagine Robert Downey Jr Onde histórias criam vida. Descubra agora