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 ➥ POR MAIS QUE EU SAIBA que Antony foi embora e não fez nada com o meu irmão, alguma coisa em mim dizia que ele planejava algo, não com o Lucas, e sim, comigo

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POR MAIS QUE EU SAIBA que Antony foi embora e não fez nada com o meu irmão, alguma coisa em mim dizia que ele planejava algo, não com o Lucas, e sim, comigo. Por um breve momento eu me arrependi de ter vindo, se eu tivesse ficado lá nada disso teria acontecido. Mas agora já era, eu já estou aqui.

Paro no meio da aeroporto internacional de São Paulo, digitando o número da Duda e ligando para a mesma pra ter notícias. Pois eu não preguei os olhos mais depois da nossa última ligação.

Ela me atende depois de quatro chamadas...

Oi Mari, aconteceu alguma coisa? Você já chegou? — ela pergunta assim que atende com a voz calma e eu escuto os gritos das crianças no fundo.

— Oi Duda, não aconteceu nada, eu só queria saber se vocês estão bem. E sim, eu cheguei em São Paulo, mas o meu próximo voo é só amanhã de manhã, então eu vou caçar um hotel por aqui por perto. —

Suspiro aliviada por saber que está tudo bem com eles, puxo a minha mala para mais perto de mim evitando que alguém esbarre ou roube.

Estamos bem, Mari. Fique tranquila, Antony não apareceu mais aqui depois daquilo e a nossa casa continua de pé, isso é um milagre. — ela brinca.

— Impossível ficar tranquila tendo o Antony como ex namorado, estou a ponto de surtar aqui só de...—

Eu respondia a Duda quando meu corpo foi atingido por outro que passava apressado, por puro azar bateram no braço que segurava o celular em minha orelha. O celular voa longe e eu pude jurar que ouvi a tela trincar quando ele encontrou o chão.

— Tá de brincadeira né?! — falo indignada com o que aconteceu.

Olho para a pessoa que esbarrou em mim, era um homem de aparentemente 1,80 de altura, seus olhos eram castanhos claros, cabelo preto recém cortado e um cavanhaque. O cara olha para mim e se abaixa pegando o meu celular do chão, ele me entrega e a tela foi de Vasco, eu quase choro.

— Esto no hubiera pasado si no estuvieras en el camino. — ele diz quando vê minha cara de decepção e eu o fuzilo com o olhar.

— Si miraras donde estabas me habrías visto aquí. — respondo ríspida e o homem me olha surpreso.

— ¿asi que hablas espanol? — pergunta dando um sorrisinho travesso.

— No imagina. Estoy hablando griego. — ironizo e ela gargalha estendendo a mão em redenção.

Puxo a mala para a fileira de cadeiras que tinha na minha frente, que antes estava lotada e agora se encontra vazia. Me sento em uma das cadeiras apoiando os meus cotovelos na minha perna e as mãos na cabeça tentando pensar no que eu faria agora. Eu não estava com dinheiro no bolso, Lucas tinha feito um pix para mim pra caso de emergência, mas advinha? O celular simplesmente não ligava!

𝐈𝐌𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓𝐎𝐒 - Piquerez & Arrascaeta. Onde histórias criam vida. Descubra agora