➥ QUANDO É QUE EU VOU FICAR CONFORTÁVEL EM FALAR SOBRE ESSE ASSUNTO? Toda vez eu fico me espremendo de nervoso e nunca sei o que falar, eu simplesmente travo, não consigo dizer absolutamente nada.
— Tem, na verdade, já passou da hora de saber. — digo ao mais novo que ainda me olha confuso.
Piquerez trava o maxilar e larga as malas da Mariana no chão, bem na porta. Foi essa atitude que me faz ficar em alerta, não só eu, como Sarah e a própria Mariana também. Que se senta no sofá na hora.
— Sugiro que comece a falar. — ele rosna.
— Thiago é meu filho, Camila teve ele após uma recaída. Isso foi exatamente 1 mês depois da briga. — sou direto, não quero mais saber de rodeios.
— Então quer dizer que enquanto eu estava me sentindo um lixo por ter brigado com você, você estava na cama com ela!? — esbraveja cerrando os punhos.
Estava colocando tanta força que poucos minutos depois dava para ver o sangue escorrer.
— Eu não planejava engravida-lá, mas aconteceu e meu filho não tem culpa de nada. — falo puxando o garoto para trás de mim.
Mariana se levanta e caminha até o uruguaio que estava possuído pela fúria, ela segura em seus pulsos e olha diretamente para ele.
— Você está se machucando, Piquerez. — ela tenta abrir as mãos dele e não consegue. — Para com isso, solta. — ela diz tentando de novo.
O uruguaio por sua vez não olha para a garota, ele mantém seus olhos vidrados em mim, vejo sua pupila dilatar de tanto ódio.
— Sei que está com raiva e eu compreendo, se quiser me bater fique a vontade, mas não encoste nele. — me refiro ao garoto agarrado ao meu braço com medo da pessoa em nossa frente.
Piquerez aperta mais as mãos e o seu sangue pinga.
— Você não sabe o que eu estou sentindo, Giorgian. E pode ter certeza que se eu encostar em você, eu te mato. — ele soa friamente e inexpressivo.
— Você não vai matar ninguém! Amor, olha pra mim! — Mariana fala com ele de novo e dessa vez ele presta atenção nela. E ele está surpreso com algo.
— Me chamou de que? — ele pergunta desacreditado.
— Você ouviu certo, agora solta, você está se machucando. — ela ordena e ele obedece, vai soltando as mãos devagarinho.
Foi nessa hora e nesse exato momento que eu percebi que a minha intuição sempre esteve certa. Ela nunca me pertenceu.
Sarah corre até a cozinha e pega papel toalha, ela trás e entrega a Mariana que põe nos machucados do uruguaio. Pressionando para estancar o sangue.
— Chega! Vocês conversam sobre isso depois, pelo amor de Deus, chega desse assunto por hoje. — Mariana implora preocupada com o estado do namorado ou futuro namorado.
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𝐈𝐌𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓𝐎𝐒 - Piquerez & Arrascaeta.
Fanfiction"Uma pessoa possessiva não ama, faz reféns" - Mariana Paquetá.