06.

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FLASHBACK

Após não conseguir ver a Mariana mas pelo menos saber que ela está bem e que ia sobreviver. Passeio pelo hospital como quem não quer nada (disfarçando pois o hospital estava cheio), vou procurando pelo quarto do homem em que atacou a Mariana.

Depois de andar um pouco, perto da máquina de bebidas, havia uma porta entreaberta. Dou uma olhada pela janela e tinha um homem em pé do lado da cama do cara que atacou a Mariana, ele falava algo que eu demorei para entender mas felizmente conseguir: "Temos que avisar o Antony" foi o que ele disse quase sussurrando. Logo ele se vira saindo do quarto e eu me escondo na virada do corredor, e como ele foi para o outro lado, não me viu.

Suspirei aliviado por quase ser pego, dou uma conferida e quando vejo que a barra está limpa, entro no quarto do cara fechando a porta lentamente. Me aproximo do mesmo que arregala os olhos quando me vê e tenta chamar as enfermeiras, porém eu seguro sua mão o impedindo.

Ele estava com o rosto todo fodido mas estava consciente e conseguia falar com as pessoas. Me aproximo do seu rosto segurando firme sua cabeça contra o travesseiro, ele começa a se debater tentando se soltar do meu toque mas falha.

— Seja um bom garoto e eu não mato você, entendeu? — pergunto sussurrando e ele concorda de imediato balançando a cabeça.

— Ótimo, agora me fala quem era aquele que estava com você antes de eu entrar? — pergunto de uma forma ameaçadora e ele engole seco.

— S-silas...o nome dele é Silas...— responde pausadamente e com dificuldade.

Logo me lembro que Silas era o cara que Ruby tinha dito, era amigo do Antony e melhor amigo da Ruby. Foi ele quem omitiu o alerta para os mercenários.

— Quantos vocês são? — pergunto cerrando os dentes.

— E-eu não sei, ninguém sabe, isso é confidencial. — responde o cara gaguejando que nem um merda.

— Você vai mandar um recado para o seu amiguinho Silas e Antony, diga a aquele filho da puta que o jogo começou...— digo com a voz mansa e inexpressiva.

— Ta bom, eu digo! — afirma com a voz vacilante.

— Bom garoto...e inclusive, isso é por ter mexido com quem não devia, seu merda. — puxo o canivete dele do bolso que roubei da delegacia e cravo a mesma em seu peito.

Fico olhando fixamente em seus olhos enquanto ele luta pela o resto dos minutos de vida, enquanto seu sangue escorre pela roupa já sujando a cama. Aperto o botão do controle chamando as enfermeiras e saio do quarto antes que alguém me veja, logo uma enfermeira vem caminhando lentamente e quando vê a cena chama seus parceiros de trabalho, em menos de segundos o quarto do cara já está cheio de gente entrando e saindo desesperados.

O tal de Silas aparece pouco tempo depois adentrando o quarto correndo, ele fica em choque vendo seu amigo engasgar com o próprio sangue. Logo o quase morto o puxo pelo braço usando suas últimas palavras para entregar o meu recado.

— Quem fez isso com você cara? — Silas o questiona o olhando completamente assustado.

— P-pi-piquerez mandou av-avisar q-que o jogo co-começou. — o homem diz com muita dificuldade gaguejando e morre logo em seguida.

𝐈𝐌𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓𝐎𝐒 - Piquerez & Arrascaeta. Onde histórias criam vida. Descubra agora