• DOIS DIAS DEPOIS...
➥ NÃO AGUENTO MAIS VOMITAR! Já coloquei tudo pra fora, não tem mais nada pra sair, a não ser meus órgãos. E outra, não consigo sentir cheiro de nada, dona Sebastiana faz umas comidas tão gostosas, eu sempre amei, mas ultimamente eu não consigo nem sentir o cheiro que o estômago embrulha.
Meu sono descontrolado, não consigo comer nada, sinto tontura toda hora e pra piorar (se é que é possível) minha pressão está desregulada. Ontem mesmo ela estava altíssima e hoje amanheceu baixa, mais baixa que o normal. Eu sinceramente não sei o que está acontecendo.
Piquerez está mais preocupado que o normal comigo, mal dormiu essa noite me vigiando e verificando minha temperatura o tempo todo. Provavelmente achando que eu iria sentir febre ou algo do tipo, e assim que eu acordei, ele me obrigou a me arrumar e me trouxe para o hospital.
— Fica sentada aqui, eu vou ali na recepção. — ele indaga apontando para a cadeira ao meu lado.
Com muito esforço me sento e me encosto na parede sentindo uma fraqueza tremenda.
— Meu Deus, que eu não esteja grávida, por favor. — imploro, falando para mim mesma quase num sussurro.
Desde que cheguei da viagem que eu venho tentando enrolar o Piquerez dizendo que eu estou bem, que logo passa ou que não era necessário vir ao médico. Mas está na cara que o meu estado não é nada bom, estou pálida e fraca.
— Pronto, agora é só esperar o doutor te chamar. Como você está se sentindo, mi amor? — me questiona preocupado e acariciando o topo da minha cabeça carinhosamente.
— Fraca, como se eu fosse desmaiar a qualquer momento. — respondo e dou um sorriso fraco.
— O que está acontecendo com você, cariño? — sua voz mansa e carregada com o sotaque me traz uma certa paz ao ouvir. Uma sensação boa.
— Eu não sei. — sou sincera com ele.
Conforme o tempo ia passando, eu ia piorando e o uruguaio ficava cada vez mais preocupado. Em certo momento, Piquerez se levanta e vai falar com uma das enfermeiras que andava pelo corredor, ela escuta ele atentamente e logo vem até mim com um aparelho para medir a pressão.
Com o toque gelado do aparelho eu mexo o braço e ela segura gentilmente.
— Não se mexa por favor, senhora. — a enfermeira diz pacientemente.
Pouco tempo depois ela retira e tem uma expressão preocupada, a mulher me observa e sai andando de pressa logo depois. Piquerez a chama, mas ela nem olha para trás, deixando ele louco.
— Senta Piquerez, você está me deixando nervosa. — peço olhando para o uruguaio que andava de um lado para o outro sem parar.
— Ya estoy bastante nervioso! — esbravejou com suas mãos na cintura ainda andando.
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𝐈𝐌𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓𝐎𝐒 - Piquerez & Arrascaeta.
Fanfiction"Uma pessoa possessiva não ama, faz reféns" - Mariana Paquetá.