➥ NOVE DA NOITE E CONTINUAMOS AQUI, na luta e na espera pelo o nascimento do bebê que eu amo tanto. As dores da Mariana só aumentaram durante o decorrer do dia, chamamos a doutora que vem cuidando da situação dela por volta das seis da tarde e desde então as dores dela só vem piorando.
Pode parecer confuso o fato de ter chamado a médica assim tão tarde, mas foi porquê eu não tinha cabeça para lidar com parto após assistir a minha namorada quase beijar o meu irmão no meio da sala, sem se importar por um momento comigo.
Fiquei anestesiado com a cena e por isso optei por pedir ajuda para a Marília, pois ela já passou por isso duas vezes, iria saber lidar melhor do que eu. E quando as coisas se intensificaram, quando a bolsa realmente estourou, foi quando decidimos que precisávamos de ajuda médica.
O plano era levar a Mariana para o pronto socorro tendo o acompanhamento da doutora, mas quando ela chegou aqui, que analisou a situação da garota. Ela descartou essa possibilidade, pois a pressão da Mariana estava irregular e não tínhamos certeza se as coisas iriam melhor ou piorar com o decorrer do tempo. Então o parto será feito na banheira de casa.
— Minha equipe já está a caminho. — nos informa após encerrar uma ligação. — Mariana me ligou mais cedo e disse que aqui não tem nada do bebê, então eu preciso de toalhas limpas.
— Isso eu posso arrumar facilmente. — Arrascaeta responde cruzando os braços olhando para ela.
— Ótimo. — a doutora diz. — Você é o pai, então fique preparado, ela vai precisar de você o tempo todo. — ela fala comigo e eu assinto de imediato.
— Estou ciente doutora. — digo e vejo o meu irmão se ausentar do quarto indo buscar as toalhas. — Posso ir beber uma água? Estou um pouco nervoso.
— Claro, fique a vontade.
Saio do quarto após dar uma desculpa para poder ir atrás do loiro, o sigo até a lavandaria e o encontro separando as toalhas de algodão branca. Me encosto na porta o observando, ele percebe mas não me olha.
— Veio só dar uma piada ou vai me bater dentro da lavanderia? — o uruguaio argumenta parando o que está fazendo para me encarar se encostando na bancada dos produtos de limpeza.
— A partir de hoje eu quero você longe dela. — digo sendo mais sério possível e ele da risada debochando. Parece não colocar fé no que eu digo.
— Não sei se você se lembra, mas já fizemos coisa bem pior do que quase nos beijar. — ele relembra do natal ainda tendo um singelo sorrisinho no rosto.
— Aquilo foi diferente, eu e ela não estávamos juntos e não iriamos ter um bebê. — rebato e vejo o uruguaio pegar as toalhas e me ignorar tentando passar por mim e ir embora, mas eu me coloco na sua frente o impedindo. — Estou falando numa boa, irmão. Não me obrigue a tomar medidas drásticas.
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𝐈𝐌𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓𝐎𝐒 - Piquerez & Arrascaeta.
Fanfiction"Uma pessoa possessiva não ama, faz reféns" - Mariana Paquetá.