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➥ ACHO QUE BEBI DEMAIS ONTEM, minha cabeça está explodindo, nunca mais eu misturo bebidas na minha vida e olha que eu nem me lembro como eu cheguei em casa

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ACHO QUE BEBI DEMAIS ONTEM, minha cabeça está explodindo, nunca mais eu misturo bebidas na minha vida e olha que eu nem me lembro como eu cheguei em casa. Minha última lembrança é de estar dançando em cima da mesa junto com a Gisellen e depois ver o Fabinho aos beijos com uma loira que até agora eu não sei quem é.

Me remexo na cama gemendo de dor de cabeça, inclusive massageio o local com as duas mãos. Porém percebo uma coisa completamente assustadora, eu estou nua...como? E em que momento eu tirei a minha roupa? Meu Deus...

Olho ao redor desesperadamente tentando reconhecer o quarto onde estou e respiro aliviada quando vejo que estou no meu quarto, no caso, no quarto de hóspedes da casa do Arrascaeta. Me enrolo no lençol branco da cama e me sento na beira da cama tentando raciocinar direito.

Minha tentativa é interrompida pela porta que se abre do nada, eu me assusto e agarro com todas as minhas forças o lençol branco.

— Bom dia! — Arrascaeta diz sorridente com um copo de água e um comprimido em mãos.

— Bom dia! — digo com um pouco de vergonha e sentindo meu rosto queimar e a vontade de falecer se tornar um desejo.

Os olhos de Arrascaeta passeia pelo meu corpo coberto do lençol fino me causando arrepio na espinha.

— Como você está? — ele pergunta com a voz mansa e um pouco rouca, fico impressionada que ele não apresenta arrependimento pelos olhares intensos que ele dá. Pelo ao contrário, ele sorri.

— Minha cabeça está me matando mas estou bem. — dou um sorriso sem graça. — A propósito, por que eu estou nua? — minha voz sai baixa quase um sussurro, como se eu mesma tivesse me impedindo de dizer aquilo em voz alta.

E pela primeira vez na nossa conversa vejo ele ficar sem jeito. Arrascaeta caminha até o criado mudo colocando o copo de água em cima do mesmo junto com o remédio, mas quando ele para na minha frente, ele parece se lembrar de algo e um sorriso vem surgindo lentamente em seus lábios.

— No caminho de volta pra casa você sentiu vontade de vomitar, eu fui obrigado a parar no meio fio e você sujou seu vestido. — ele é direto na resposta.

— Ok, e por que você está rindo? — pergunto após ver ele segurar o riso em vários momentos, ele quase não olhava diretamente nos meus olhos.

— Eu não estou rindo. — se faz de desentendido.

— Jura Giorgian? — pergunto e ele dá uma gargalhada muito gostosa de se ouvir.

— Perdón, é que eu não sabia que você fazia birra pra tirar a roupa sabe. Foi uma cena engraçada. — ele mistura o espanhol com o português.

— Pera, calma, eu faço o que? — pergunto em negação e tomada pela vergonha alheia.

— Você literalmente chorou quando eu falei pra você vir tirar o vestido sujo e tomar um banho.

𝐈𝐌𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓𝐎𝐒 - Piquerez & Arrascaeta. Onde histórias criam vida. Descubra agora