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| COPA DO BRASIL - FINAL |

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| COPA DO BRASIL - FINAL |

ESTOU TRANQUILO CONSIDERANDO O DIA DE HOJE, normalmente eu fico elétrico o dia todo, como se eu tivesse bebido litros de energético. Mas hoje eu estou tranquilo e confiante, o time está preparado e temos tudo para conseguir levar essa taça pra casa. Afinal, é pra isso que trabalhamos o ano inteiro, para jogar com raça, amor e paixão.

Meu dia começou bem cedo, tomei café com a minha família e ainda ganhei um sorriso do Ravi. Tudo bem que ele estava rindo praticamente de mim pelas bobagens que eu falei, mas o importante é que deu certo e eu acabei ganhando o sorriso mais lindo e banguelo que existe. Agora estou aqui relaxando, pois o treino só vai ser na parte da tarde e de lá iremos para o Maracanã, onde a magia irá acontecer.

— PAAAAAAAI! — levo um susto com o grito que o Thiago dá descendo as escadas correndo, e fico impressionado com a evolução do seu português.

— Díos mio, Thiago! O que aconteceu? — digo ainda me recuperando do susto que levei, pois estava focado no celular e do nada alguém me grita.

— EU TAMBÉM CONSEGUI UM SORRISO DO RAVI, OLHA! — diz todo empolgado e vira a tela do celular para me mostrar a fotografia que minha mãe tirou deles dois brincando na cama. — Viu? Eu sou o primo preferido dele. — fingi ajeitar sua gravata.

— Ele só tem você de primo, meu filho. — digo rindo.

— E eu espero que continue assim por muito tempo! — o garoto diz demonstrando ciúmes e cruza os braços com a cara totalmente fechada.

Nenhum pouco ciumento, graças a Deus.

— Ok,ok! Agora eu quero saber o porque de você não está arrumado para o treino ainda. — dou uma de pai durão e ele coça a nuca. — Vai se trocar!

Thiago desenvolveu um amor imenso pelo Flamengo e a muito tempo ele vinha me pedindo para coloca-ló na escolinha da Gávea, segundo ele, ele queria ser igual ao Paquetá e igual ao Vini Júnior. Grande jogador e cria do Flamengo. Antigamente eu não podia realizar o seu desejo, mas quando ele veio morar comigo a primeira coisa que eu fiz foi procurar saber como tudo funcionava e desde então ele está lá.

— Ah pai! Eu queria ficar com a tia Mariana e o Ravi, deixa por favor, só hoje vai. — implora com as mãos juntas e fazendo beicinho.

— Não! Compromisso é compromisso. — falo vendo ele choramingar. — Você já está a manhã toda grudado na sua tia, ela também precisa descansar.

— Poxa vida, tá bom pai. — diz cabisbaixo e indo se trocar para ir finalmente ao seu treino semanal.

Fico observando o moleque subir arrastando os pés ainda muito triste por eu não ter deixado ele ficar em casa. Quando ele chega no topo da escada, vê a sua tão amada tia descendo com o pequeno ser humano nos braços, a tristeza dele some ao ver o primo e com um sorriso largo brinca com o bebê fazendo o mesmo ri das suas graças. Até eu sorrio vendo essa cena, como pode duas almas se conectarem tanto.

𝐈𝐌𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓𝐎𝐒 - Piquerez & Arrascaeta. Onde histórias criam vida. Descubra agora