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PARTE II DA RESENHA

— Você está bem? Se machucou? — pergunto extremamente preocupado com a garota que se tremia por inteira após quase ser atropelada

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— Você está bem? Se machucou? — pergunto extremamente preocupado com a garota que se tremia por inteira após quase ser atropelada.

— Pegou de raspão na minha perna, eu vou ficar bem, não se preocupe. — dá um sorriso falso para mim na tentativa de me tranquilizar, procuro nas pernas dela o possível arranhão e o acho na canela esquerda dela. Estava vermelho e com gotas de sangue bem pequenas no local.

A rua estava cheia de gente que rodeava os dois carros que bateram, não demora muito para a ambulância e uma viatura chegar ao local. Os policiais estacionam próximos da gente, eles descem indo afastar as pessoas curiosas que estavam quase entrando nos carros para ver mais de perto.

Veiga, Gómez e Gabriel aparecem no portão do CT olhando assustados com a cena. Levo Mariana até eles, ou melhor dizendo, carrego ela até eles. Pois ela não queria sair dali, queria ver se o motorista do carro que quase lhe atropelou estava vivo. Tentou lutar comigo, o que foi em vão porquê eu agarrei a cintura dela a suspendendo do chão, ela debatia as  perna no ar que nem uma louca.

— Veiga leva ela lá pra dentro, por favor. — peço ao homem que dava risada do jeito em que eu trouxe a garota até ele. Ele respira fundo tentando parar de gargalhar enquanto Mariana me olhava de cara feia.

— Precisava trazer ela que nem uma boneca, mano? — Gómez comenta também rindo da situação.

— A boneca não fica se debatendo que nem uma louca! — a repreendo lhe lançando um olhar julgador e ela revira os olhos arrumando o cabelo.

— A culpa é sua! — altera a voz. — Não me deixa fazer nada do que eu quero! — grita de novo e cruza os braços de birra.

Seu jeito de falar e forma de reagir foi o suficiente para que Gómez e Veiga voltassem a rir, eu olho para o lado tentando não rir dela e respiro fundo.

— Señor, dame paciencia! — suplico olhando para o céu e voltando minha atenção para ela. — Cariño, você está vendo aquele homem ali?

Amostro para ela apontando e ela diz que sim balançando a cabeça em concordância.

— Ele é o delegado que me interrogou quando você foi atacada, o que você acha que ele vai pensar quando ver nós dois em duas cenas de tragédia? Perguntar como vai nossa manhã? — falo em tom de sarcasmo com a garota.

Ela fica pensativa e olha para o delegado de novo na rua, provavelmente decidindo qual atitude iria tomar. Mas acho que ela entende o meu ponto de vista e se dá por vencida caminhando para dentro do CT.

Agradeço a Deus por ter feito ela enxergar que estava errada e eu certo, por mais que ela odiasse essa ideia. Dou uma última olhada para os carros batidos e vejo o motorista do carro preto sair somente com um machucado na cabeça, gravo bem a cara dele. Logo Veiga me chama pra entrar informando que o treino iria começar, acompanho ele e Gómez.

𝐈𝐌𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓𝐎𝐒 - Piquerez & Arrascaeta. Onde histórias criam vida. Descubra agora