Sugestão de música para a leitura desse capítulo: Hunger- Ross Copperman. (Essa música é muito linda, recomendo demais)
DeanEu estava no meu quarto me preparando para fazer outra prece que eu sabia que seria em vão. Castiel não aparecia a dias e eu já estava começando a ficar nervoso com isso. Será que aquela garota tinha razão quando disse que ele nunca me deixaria? Será que eu merecia isso?
Tudo o que eu sabia era que não queria imaginar minha vida sem Castiel. Eu precisava dele, mais que isso, eu queria ele e por mais difícil que seja admitir, eu desejava ele. Eu não sei quanto tempo mais eu vou conseguir viver em negação em relação aos meus sentimentos por Cas, a aceitação não era fácil. Era mais fácil matar os monstros que nos caçamos do que admitir que eu podia sentir por Castiel o mesmo que ele diz sentir por mim.
Eu estava me corroendo com esses pensamentos quando escuto um fargalhar de asas em meu quarto. Não, não podia ser ele.
— Dean.
E então eu escutei, aquela voz que me fazia sentir tantas coisas ao mesmo tempo e eu soube que meu anjo havia retornado. Eu não sei o que deu em mim, um impulso, uma vontade inexplicável de acabar com aquele vazio que Cas deixou quando sumiu. Eu me aproximei dele e o beijei, com toda a intensidade que podia. Cas demorou um pouco para retribuir o beijo mas logo deu passagem para minha língua e segurou em meu pescoço enquanto eu o puxei para perto pela cintura. Quando eu precisei recuperar o fôlego, eu percebi o que estava fazendo e me afastei um pouco, tentando colocar os pensamentos no lugar.
— Dean...o que...o que foi isso? — Cas me perguntou enquanto recuperava o fôlego, parecia atordoado.
— Eu não sei, Cas! Eu é que devia te questinonar aqui, onde você tava?! Você não respondeu as minhas preces, você me deixou totalmente no escuro, Castiel!!
— Eu sei e eu peço perdão por isso, Dean. Eu não podia retornar enquanto não resolvesse o problema, era arriscado para mim.
— E desde quando você não confia em mim para pedir ajuda?! Droga, Castiel! Eu fiquei preocupado. Eu rezei para você toda noite durante essas duas semanas.
— Eu sei, Dean. Eu escutei todas as preces e eu estava aqui. Você não podia me ver mas eu nunca realmente o deixei. Eu vou te contar tudo, tente ficar calmo Dean.
Castiel me contou a respeito do vazio e em como não podia ficar perto de mim pois isso poderia o trazer a verdadeira felicidade, eu fiquei meio nervoso ouvindo aquela parte mas me controlei e continuei escutando.
— E então Nina me falou sobre o que Jack poderia fazer e eu fui imediatamente falar com ele. Ele podia mesmo interferir e foi o que fez, colocou o vazio para dormir com a condição de que me deixasse livre. E eu estou, Dean. Estou livre. — ele me disse genuinamente aliviado e eu não pude deixar de sentir alívio também.
— Eu... que bom, Cas. Eu...senti a sua falta, fiquei preocupado pra caramba.
— Eu sinto muito, Dean. Tudo está bem agora.
— Não, não está Cas. Não está porque existem esses sentimentos dentro de mim. Droga, existe essa vontade gigante de te beijar agora mesmo.
— Então me beije, Dean. Você pode me bei...
Antes que Castiel pudesse terminar o que ia dizer, eu o beijei com desejo. Um desejo que estava reprimido por tanto tempo, o desejo de beijar aquele que sempre esteve destinado a me proteger. Nossas línguas dançavam em perfeita sincronia, era inacreditável o quanto o beijo de Cas era bom e o tanto que eu queria cada vez mais dele.
Os beijos foram ficando mais intensos a as carícias começaram, eu queria Cas cada vez mais perto mim e colei nossos corpos fazendo com que nossos membros roçassem, comecei a beijar seu pescoço e estava determinado a continuar por mais que aquilo ainda me assustasse, quando Cas me interrompeu.
— Dean, eu...quero ir com calma. Quero que isso seja especial. Você consegue entender? — ele disse com um olhar meigo, aquele olhar que só Castiel conseguia ter.
— É, eu consigo. Você tem razão, é bom entendermos o que isso significa primeiro. — eu disse ao me recompor do que acabou de quase aconteceu.
— Eu já sei o que significa para mim mas não vejo problema em esperar você descobrir o que sente, Dean. —ele disse e me olhou com ternura.
— Cas, eu já sei o que sinto por você, eu só tenho dificuldade em aceitar isso. — eu disse ao suspirar, não queria magoar ele mas, não conseguia esconder o incômodo que ainda sentia ao pensar na ideia de nós dois como algo a mais.
— Nós podemos... conversar sobre isso? — ele perguntou ao se sentar na cama.
— Eu não sei se é uma boa ideia, Castiel. — eu respondi ao me sentar ao lado dele.
— Por favor, Dean. Eu quero entender. — ele disse e se virou para me encarar, mas eu não consegui o encarar de volta.
— Certo. O fato de eu sentir atração por você é diferente pra mim. Eu sei que você é um anjo mas também é um homem e eu me sinto atraída pelo conjunto completo, entende? E me desculpe, Cas mas isso nunca foi natural pra mim. Eu sinto... sinto que meu pai teria vergonha de mim se soubesse disso e talvez até a minha mãe tivesse. Sempre me envolvi apenas com mulheres, por mais que tenha que admitir que algumas vezes senti atração por alguns homens mas nada que dei importância. Não como é com você, com você é...muito maior.
— Dean, sabe o que eu realmente acho? Acho que seu pai seria e me desculpe pela expressão mas acho que ele seria um completo idiota se sentisse vergonha de você por causa disso e acredito que Mary te amaria da mesma forma. Sei que Bobby também foi como um pai para você Dean e ele continuaria sentindo orgulho de você. Ter sentimentos por alguém do mesmo sexo não é algo impuro, Dean. Não é algo nojento e não é algo para se envergonhar. O amor é algo belíssimo e em todos os meus anos nessa terra, se tem uma coisa que eu aprendi é que amar é a maravilha desse mundo, o amor é a única coisa capaz de tornar tudo mais bonito, mais colorido.
Eu refletia enquanto ouvia as palavras de Castiel e deixei uma lágrima escorrer. Ouvir tudo aquilo era o que eu precisava e mesmo assim ainda era difícil. Limpei rapidamente algumas lágrimas que caíam e me virei para encarar Castiel.
— Cas, eu...eu ainda não consigo dizer isso em voz alta mas quero que saiba que eu sinto, eu sinto o mesmo por você.
— Não precisa dizer agora, Dean. Eu sei, eu sei e isso é tudo o que importa. Nós teremos tempo.
Castiel colocou a mão no meu ombro, no mesmo lugar de quando me tirou do inferno. Ele realmente havia me tirado da perdição. Agora eu consigo ver, ele sempre foi a minha salvação, em todos os sentidos da palavra.
Essa é a noite em que adormeci mais facilmente desde que Castiel havia sumido, pois sabia que ele ainda estaria aqui quando abrisse meus olhos e isso me trazia uma paz que não podia ser comparada a mais nada.
O capítulo tá curtinho mas finalmente veio aí o momento que eu daria tudo para ter visto na série.
Espero que gostem!!
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Beijosss ❤❤
- Autora.
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Fanmade - Destiel
FanficE se uma fã de Destiel pudesse entrar na série e mudar o rumo da história? Essa é uma história em que você precisa pensar com a mente de um fã, nem tudo precisa ser realista o tempo todo, algumas coisas precisam ser vistas com o coração. É por isso...