CastielEu sabia que o bunker era protegido contra qualquer ameaça sobrenatural e mesmo assim, fiquei em alerta enquanto o lugar inteiro tremia. Acredito que isso tenha durado uns 20 minutos e quando acabou, o lugar inteiro estava frio. Eu não entendia como aquilo estava acontecendo.
— Isso não era pra acontecer. O que significa que não temos proteção contra essa entidade. — disse Sam ao suspirar fundo e se afundar na cadeira.
— Então vamos dar um jeito de nos protegermos. Não ficaremos aqui parados esperando essa coisa vir nos atacar. — respondeu Dean enquanto subia para averiguar lá fora.
— Acho que sei como acabar com isso. Vou me entregar, aceitar as consequências do que eu fiz e resolver as coisas.
— De jeito nenhum. — disse Sam com autoridade em sua voz.
— Nina, acredito que essa não seja a melhor solução. Seja lá o que isso for, não deve ficar solto no mundo. E além disso, você faz parte dessa família. — eu disse colocando ao mão no ombro dela, tentando transmitir conforto.
— Cas tem razão. Nós já perdemos muito e você foi a responsável por...uma das melhores coisas que já aconteceu na minha vida. Não vou deixar que isso te leve, garota da série. Não é sua culpa, não deve pagar por um desejo sincero. — disse Dean ao se aproximar de nós.
Sam apenas assentiu com a cabeça e depois de um tempo, foi com Nina para o quarto.
— Cas...isso é muito louco, o que essa garota fez só para conseguir nos juntar...eu preciso de uma bebida.
— Eu sei, Dean. Apesar de que Nina não sabia com o que estava se metendo, ela apenas seguiu seu coração.
— O que me deixa mais assustado é o Sammy. Ele está mesmo apaixonado por ela, Cas. Não consigo imaginar ver o meu irmão perdendo alguém que ama outra vez, não suportaria...
— Ei, vamos dar um jeito Dean. Não vamos deixar nada acontecer com Nina, vamos retribuir o que ela fez por nós e daremos isso a Sam também.
— Eu realmente não sei o que eu faria sem você. Esse seu otimismo mesmo nas piores situações é algo surreal. — disse Dean ao dar um gole no copo de uísque que havia pegado.
— Bom, ainda bem que você nunca terá que descobrir, já que eu jamais o abandonarei. — eu disse e o encarei com paixão, certo de que minhas palavras eram verdadeiras.
— Eu adoraria que você provasse isso pra mim, anjo. — disse Dean ao me encarar de volta com um olhar provocador e um sorriso travesso nos lábios.
Eu me aproximei dele e lentamente retirei o copo de uísque de suas mãos, antes que eu pudesse pensar muito, me sentei em seu colo. Ele estava tão vidrado nos meus movimentos que mal se mexia. Pensei que ele fosse hesitar mas ao invés disso, ele me ofereceu um sorriso e me puxou para um beijo intenso. Nossos corpos estavam colados e eu podia sentir algo pulsando embaixo de mim. Dean começou a desbotoar minha camisa enquanto eu beijava seu pescoço.
— A gente...devia...ir pro...quarto. — Dean disse ofegante em meio aos nosos beijos repletos de desejo.
— Tem razão. — Eu disse e aproveitei para susurrar na sua orelha. — Adoraria ir para a cama com você, Dean.
— Cas...você tá me deixando louco. — disse Dean ao chupar meu pescoço com vontade.
Antes que pudéssemos fazer mais alguma coisa, o celular de Dean começou a tocar. No começo, ele ignorou, mas resolveu atender quando tocou pela segunda vez e o nome Katherine apareceu na tela. Ao desligar a ligação, ele parecia tenso.
— Está tudo bem? — eu disse ao me levantar e me aproximar dele.
— Hum...sim... foi apenas a Katherine perguntando se eu gostaria de ir com ela para uma ultrassom amanhã.
— Ah, eu acredito que isso seja bom.
— É, é sim. Eu só...o bebê nasce daqui a algumas semanas e eu continuo achando que não estou pronto para isso.
— Dean, creio que ninguém está pronto para isso. Mas eu o conheço mais do que qualquer um e sei que será um bom pai.
— Será? Ou será que serei para essa criança o que o meu pai foi para mim?
— Você não é ele, Dean. Acredite em mim quando eu digo que você, Dean Winchester, cuidou do seu irmão da melhor forma possível. Cuidou do Ben como se fosse seu filho e até mesmo para Jack, você foi um exemplo de homem. Sei que ainda não consegue se ver dessa forma, mas estarei aqui para lembra-lo todos os dias o quanto é digno do amor que essa criança terá por você.
Dean me olhou com lágrimas nos olhos e me puxou para um abraço demorado. Não dissemos nada quando fomos em direção ao quarto e enquanto nos beijamos sentimos o quanto precisavamos um do outro. Quando ele estava dentro de mim, era como estar em casa, não qualquer uma, um lar. E quando nos deitamos um ao lado do outro, cansados e entrelaçados, eu tive a mais plena certeza de que meu lugar sempre foi e sempre seria ao lado de Dean Winchester.
Quando eu me levantei da cama, já estava anoitecendo e Dean estava dormindo tranquilo. Saí do quarto com calma e fui até a sala, onde encontrei Sam com uma aparência não muito boa.
— Oi, Sam.
— Ah, oi Cas, não tinha te visto aí.
— Está tudo bem? Você parece abalado.
Sam me olhou por um segundo e parecia estar refletindo sobre falar ou não comigo, eu tentei transmitir tranquilidade para ele por meio da minha expressão. Queria que ele soubesse que podia falar comigo quando precisasse.
— Cas, você já viveu milhares de anos nessa terra. Me diz, já amou alguém além do meu irmão?
A pergunta me pegou desprevenido mas não demorei para responder.
— Na verdade, não. Sei que pode parecer estranho, visto que já vivi por muito tempo, mas eu era um soldado, uma arma do céu. Não tinha conexões humanas, não tinha sentimentos humanos e nem queria me aproximar de nada disso. Estava satisfeito com minha vida no céu.
— E você...não preferia ter continuado assim? Sem ter esses sentimentos? Sem o sofrimento...
— Não. Não poderia dizer que é fácil possuir emoções, às vezes o fato de sentir demais certas coisas pode fazer com que você não queira sentir mais nada. A tristeza, o luto, a raiva, tudo isso faz parte de ser humano e é difícil lidar com coisas assim. Porém, o amor, a alegria, a compaixão, também fazem parte da vida humana. É uma balança que uma hora pende para um lado e outra hora para o outro e hoje eu sei que não trocaria isso por não sentir mais nada, a possibilidade que a humanidade oferece é algo que me encanta e acredito que sempre irá.
Sam me olha com atenção parecendo absorver cada palavra e então para a minha surpresa, ele se levanta abruptamente e diz:
— Eu preciso sair um pouco. Diga ao Dean que volto amanhã. E quanto a Nina...diga a ela que não se preocupe.
— Eu digo sim. Tenha cuidado, Sam.
Antes de se virar e sair pela porta, Sam coloca mão no meu ombra e diz com carinho:
— Obrigado, Cas.
E então ele desaparece do bunker tão rápido que não dá tempo de dizer mais nada. Apenas posso esperar que o que eu disse tenha sido suficiente.
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Fanmade - Destiel
FanfictionE se uma fã de Destiel pudesse entrar na série e mudar o rumo da história? Essa é uma história em que você precisa pensar com a mente de um fã, nem tudo precisa ser realista o tempo todo, algumas coisas precisam ser vistas com o coração. É por isso...