Fanmade - Destiel

Capítulo 26: I will live now

Sugestão de música para a leitura do capítulo: Right here, right now - high school musical.

Nina

Eu sentia que meu tempo aqui estava acabando. Eu já sabia que Dean e Castiel estavam juntos, Cas havia me contado com tanta alegria e eu só pude ficar feliz demais pelos dois, era muito lindo ver essa história de amor finalmente acontecer, acho que todos os fãs mereciam ver isso.

Porém, eu era a única que sabia até agora, Cas queria que Dean estivesse realmente pronto antes de contar para Sam e para o resto do mundo. É claro que Sam desconfiava, mas não falava nada por respeitar o tempo do irmão, eu também não o contei por não ter esse direito e também por saber que quando eles finalmente assumissem esse relacionamento, era minha hora de partir.

Eu fui tirada de meus pensamentos com batidas na porta, era a voz de Sam e eu falei que ele podia entrar. Ele colocou a cabeça entre a porta e disse:

— O que a minha garota acha de ir caçar com a gente pela primeira vez? — ele me perguntou com um sorrisinho.

— Sam! Você tá falando sério?! — eu respondi eufórica com aquela pergunta.

— Sério até demais, Dean finalmente acha que você está pronta para participar.

— É claro que eu quero, vou me arrumar rápido e já desço.

— Tá bom. Ah, e Nina...você tá linda hoje. — ele disse e me encarou com um olhar afetuoso.

— Sam, você me diz isso todo dia e todo dia eu amo te ouvir dizer isso. — eu o respondi com um sorriso verdadeiro.

Quando eu terminei de me arrumar e desci, vi que Cas não iria com a gente, ele deve ter ido ver como estão as coisas no céu. Dean e Sam estavam conversando sobre o caso, ao que tudo indica se trata de um médico fantasma que está atraindo pessoas para um hospital abandonado e dilacerando elas vivas, eu me arrepiei só de escutar aquilo.

— E aí, garota da série. Pronta pra ir? — perguntou Dean ao abrir a porta do bunker e acenar com a cabeça.

— Claro! — eu respondi tentando demonstrar segurança, coisa que eu não tinha no momento.

— Então, vamos nessa. — Dean respondeu e nós três seguimos em direção ao impala, ou melhor, a Baby.

— Então, parece que esse médico foi um cirurgião frustrado, suas cirurgias sempre acabavam machucando os pacientes e por isso ele foi afastado do cargo. Quando ficou velho, foi internado nesse mesmo hospital em que trabalhou e morreu com ódio de todos que ali estavam. — explicou Sam para nós enquanto Dean dirigia focado.

— Já vi que é um espírito vingativo. — constatou Dean.

— É, e do tipo bem violento. Precisamos tomar cuidado. — disse Sam e manteve seu olhar em mim pelo retrovisor.

— Não se preocupem comigo, eu sou formada em 15 temporadas de uma série sobre salvar pessoas, caçar coisas...

— O negócio da família. — completaram Sam e Dean ao mesmo tempo, o que me fez sorrir.

— Isso nunca vai deixar de ser estranho. — disse Dean sorrindo e Sam concordou com a cabeça.

Quando chegamos ao hospital notamos que a energia do lugar era péssima, fizemos alguns círculos de sal para nossa proteção e Sam descobriu com a pesquisa que o médico havia sido cremado.

— Então, ele está ligado a algum objeto. — eu disse ao me aproximar de Sam.

— Sim, deve ser algum instrumento cirúrgico, ele era obcecado com isso...espera, aqui nesse artigo diz o seguinte: o médico Albert Miller realizou a maioria de suas complicadas cirurgias com um bisturi específico. — explicou Sam ao folhear as páginas.

— Ótimo, vamos atrás desse troço para eu dar o fora daqui. — disse Dean e começou a caminhar em direção a antiga sala de cirurgia.

Enquanto caminhávamos até a sala, o espírito do médico apareceu em nossa frente e a raiva em seu olhar me deixou um pouco assustada, assistir isso era uma coisa, estar cara a cara com um fantasma era outra coisa completamente diferente. Dean atirou nele com uma das balas de sal e nós nos apressamos para entrar na sala e procurar o bisturi.

— Eu acho que encontrei! — disse Sam e logo foi arremessado na parede pelo espírito que parecia estar com ainda mais raiva.

— Ei, médico fantasma! Deixa ele em paz. — eu disse e acertei ele com o ferro que estava em minha mão, o fazendo desaparecer temporariamente.

Dean pegou o bisturi e começou a salgar para tacar fogo, eu fui para junto de Sam e vi que ele havia machucado o braço.

— Sam, o seu braço...

— Está tudo bem, não foi nada. Ainda bem que eu tenho você para me proteger. — ele disse se esforçando para dar um pequeno sorriso.

— Se você for depender de mim, vamos morrer os dois, mas obrigada mesmo assim. — eu respondi segurando sua mão com um sorriso.

Sam apenas sorriu mesmo em meio a dor e Dean se aproximou de nós.

— Vamos se mandar logo desse lugar. — disse Dean ajudando Sam a se levantar.

Enquanto saíamos do lugar, deu para ver as almas das pessoas que o médico matou se libertando, e aquilo sim era algo mais bonito de se ver pessoalmente. Assim que chegamos ao bunker, Cas estava lá e imediatamente curou o braço de Sam. Depois, Cas e Dean subiram lá para cima e Sam disse que iria comprar uns remédios para dor, o que eu achei estranho já que Cas o havia curado, mas não questionei.

Eu já estava no meu quarto quando Sam bateu na porta e assim que ele entrou, eu vi que estava escondendo algo atrás das costas, era um buquê de girassóis.

Eu não estava acreditando, Sam Winchester estava me pedindo em namoro. Se isso for apenas uma fantasia de uma fã muito emocionada, eu não quero acordar.

— Nina, sei que nós dois passamos por muita coisa em nossas vidas e que nem sempre foi tudo fácil, mas desde que você chegou aqui parece que tudo ficou mais bonito, mais colorido. Você é tão encantadora, eu não me canso de admirar quem você é e eu quero mais que tudo ter você ao meu lado, se me aceitar. Você aceita ser a minha namorada?

As lágrimas caiam dos meus olhos mesmo sem querer. Sei que Daniel estaria feliz por mim e sei que sempre o amarei e também sei que eu não tenho muito tempo aqui, mas eu tenho o agora. E o agora não é o que sempre tivemos? Eu quero viver isso enquanto eu puder, eu quero Sam Winchester, eu quero ver Destiel acontecer, eu quero viver essa vida aqui e agora.

— Sam, é claro que eu aceito! — eu disse e me joguei em seus braços, me sentindo a pessoa mais sortuda do mundo por estar aqui agora.