DeanA primeira coisa que fizemos quando Nina se recuperou foi preparar um café forte e nos reunirmos na mesa da sala, quando Nina finalmente contou como chegou até nós, eu não pude evitar a minha raiva, aquilo era demais para digerir e o pior de tudo era ser o último a saber sobre uma coisa que está diretamente ligada a mim e a Cas, que não parecia surpreso, pelo contrário, ele parecia agradecido.
— Você também sabia disso, Cas?
— Não. — respondeu Castiel ao desviar seu olhar para mim.
— É mole, a gente nem sabe com o que está lidando, mas já deu para perceber o que pode fazer. — eu disse olhando para os hematomas nos braços de Nina.
— A culpa disso é minha, eu devia saber que nada assim viria fácil. — Disse Nina com dificuldade, sua voz ainda estva áspera por conta dos gritos.
— Não é sua culpa, Nina. Essas coisas ficam na espreita e se aproveitam de qualquer momento de fragilidade ou ato de bondade que alguém possa ter. Você queria impedir o destino trágico que nos aguardava e por sua causa estamos aqui hoje, isso é valioso demais para mim. — Disse Castiel ao apertar a mão de Nina sobre a mesa.
— Certo, Cas tem razão. Agora já está feito e precisamos impedir que essa coisa venha atrás de nós. — eu disse alternando meu olhar entre os três.
— Eu não sei se é possível... — tentou dizer Nina antes de ser interrompida por Sam.
— Nina, me escuta. Eu não vou deixar nada tirar você de mim, eu não vou perder mais ninguém. Nós iremos impedir que essa entidade tenha o que quer, custe o que custar.
— É isso aí, Sammy. E quer saber mais? Nós somos os caras que salvam o mundo. Na real, nós salvamos a porra do mundo.
Cas levou Nina de volta ao quarto com a intenção de ajudá-la a voltar a dormir com aquela coisa angelical. Eu e Sam ficamos em silêncio por um tempo, até que finalmente ele reuniu forças para falar alguma coisa:
— Você lembra como foi quando eu perdi a Jéssica.
— Não dá pra esquecer aquilo, eu fiquei com medo de que isso te destruísse.
— E destruiu. Ela era o amor da minha vida, Dean. A dor que eu senti era mais forte do que qualquer dor física, era como se eu pudesse morrer a qualquer momento. Aí o tempo passou, a gente foi ficando cada vez mais próximo e desde então, aconteceu muita coisa. É claro que eu gostei de outras mulheres, mas eu ainda não estava convencido de que existia mais de um grande amor na vida. Agora eu sei que existe, vendo você e Cas...vendo a Nina.
— Olha pra mim, Sammy. Você não vai perdê-la, eu não vou deixar. Caramba, merecemos ser felizes, pelo menos uma vez, somos eu e você contra tudo. Sempre vai ser, eu prometo isso.
Sam me olhou com lágrimas nos olhos e eu odiei ver o meu irmãozinho daquele jeito, com medo. Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, sentimos um vento frio, aquilo me arrepiou. O mais estranho era que não havia janelas ali e mesmo assim, o ambiente ficou completamente gelado.
Eu já havia voltado para o meu quarto quando Cas entrou.
— Como ela tá? — Eu perguntei ao encarar Cas, ele estava com o olhar aflito.
— Com medo, tentei trazer para ela o sentimento de paz e ela adormeceu aos poucos. — respondeu Cas ao sentar na cama ao meu lado.
— É muito doido pensar que tudo isso está acontecendo por causa de um desejo...do desejo dela de nos ver felizes. Será...será que a gente estaria assim hoje se ela não tivssse pedido por isso?
— Dean, eu já te amava a muito tempo. Acho que em algum momento, você descobriria e teríamos que lidar com isso de alguma forma.
— Acho que no fundo eu sempre soube. Talvez eu só precisasse de um empurrãozinho.
— Agora somos você e eu, Dean. — Disse Cas ao me encarar com aquele seu olhar angelical.
— E que assim seja, anjo. — Eu respondi e puxei Cas mais para perto de mim, colocando meu corpo ao dele e o beijando como se a minha vida dependesse disso, talvez dependa mesmo.
Uma vida sem aquele que me tirou do inferno, aquele pelo qual eu desejava cada toque, cada respiração ofegante, cada palavra de afeto, aquele que era o meu paraíso particular, certamente não é uma vida que eu queira viver.
No final da tarde, começamos as pesquisas sobre a entidade. Sammy estava empenhado em descobrir o máximo possível sobre como poderíamos lidar com aquilo.
— Sabemos que existem os Djins, que sugam as vítimas enquanto fazem com que ela acredite estar em uma realidade que deseja. Mas não creio que seja isso, não são tão poderosos assim. — Disse Sam ao encarar os livros ao seu redor.
— Também existem os gênios, são os mais famosos no que diz respeito a realização de desejos, mas nunca soube que se alimentam de amor. — Eu disse enquanto lia pesquisas no computador.
— Esperem, tem algo mais antigo aqui.
Ele surgiu da mitologia grega, porém, na mitologia moderna, o Aracneide é muitas vezes retratado como um metamorfo que pode assumir a forma de um humano, mas cuja forma verdadeira é a de uma aranha monstruosa e grotesca. A criatura é frequentemente associada com o amor doentio e a obsessão e pode ser movida por um desejo insaciável por uma pessoa específica. — disse Cas enquanto lia um dos livros antigos sobre mitologia.— Meu Deus, só piora. Vocês acham mesmo que é isso...— Nina começou a dizer mas foi interrompida por um estrondo alto.
De repente, o bunker inteiro estava tremendo. Como isso era possível? A única resposta era que alguma coisa poderosa estava muito brava.
— Algo está tentando invadir o bunker.
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Fanmade - Destiel
Fiksi PenggemarE se uma fã de Destiel pudesse entrar na série e mudar o rumo da história? Essa é uma história em que você precisa pensar com a mente de um fã, nem tudo precisa ser realista o tempo todo, algumas coisas precisam ser vistas com o coração. É por isso...