Capítulo 37

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  Não sabia exatamente quanto tempo havia passado dês que fizemos o convite para nossas amigas, mas não demoraram muito para chegarem, tocando a campainha, após terem mandado uma mensagem avisando, sem deixar que eu o fizesse Victoria abre a porta, sorrindo  de forma leve.

  — Sejam muito bem-vindos — disse abrindo espaço para entrarem.

  — Meu Deus, que isso? — questionou Levi olhando surpresa para a mesa se voltando para mim em seguida, com sua mão sobre sua clavícula — você disse que iriamos almoçar, não ter um banquete.

  — A Vic se empolgou um pouco — disse meio sem graça dando de ombros, não quero falar que na verdade ela fizera isso na tentativa de impressionar a minha.... que dizer, a Ivete — por isso chamamos vocês.

  — Espero mesmo que seja uma delicia, se não vou ficar bem ofendido — disse Levi parando próximo.

  — Eu posso garanti o sabor — disse Kally erguendo a mão enquanto sorria, com uma moça loira parada ao seu lado, parecendo um pouco tímida, mas eu também estaria nessa situação.

  — Não vai apresentar? — perguntei sorrindo apontando para sua parceira, contendo a vontade de provocá-la por isso, pois não queria deixá-la ainda mais desconfortável.

  — Isso eu também quero saber — disse Vic ficando próxima a mim.

  — Depois seria gentil fazer o mesmo comigo — disse a amiga de Vic que ficara do lado da Margarida, que também parecia meio tímida com tudo aquilo.

  — Claro, claro — disse Kally dando uma breve pausa — pessoal essa é a Gabi, a minha namorada, Gabi essas são as minhas amigas e a... bartender da boate que vou de vez em quando, acho que já viu ela.

  — Ah, eu posso afirmar que sim — disse a bartender — e pra não ficar só no ela, o meu nome é Agatha, tá gente?

  Depois que todas as apresentações foram feitas, todos nós nos reunimos na mesa, comendo entre conversas calorosas e leve.

  — Meu Deus Vic, você precisa abrir um restaurante — disse Agatha num gemido — se precisar de dinheiro eu vendo o meu rim e te pago, mas faz isso, por favor.

  — Não precisa, eu já juntei — disse Vic, com o rosto apoiado sobre a mão, sorrindo de forma relaxada.

  — Você vai abri? — questionaram nossas amigas exaltadas, exceto a ficante ou namorada da Kally e a Margarida que não falara muito durante a reunião.

  — Tenho esse planos a anos — confessou Vic, dando de ombros antes de me olhar de canto de olho — venho guardado de pouquinho e pouquinho, só que algumas coisas me impediam de levá-lo adiante.

  Eu sabia do que ela estava falando e tinha consciência que a Victoria gostava muito de cozinhar, mas nunca pensara que tinha esse plano, ela nunca o comentara, talvez por medo de que se o fizesse acabaria por se machucar ao constatar que não poderia realizá-lo.

  — Eles não existem mais — disse, por fim antes de se ajeitar na cadeira — mas não significa que vou abrir agora, é caro abrir um restaurante e demorado, tem que ter o prédio, uma cozinha descente, os funcionários e eu nunca participei de um concurso, então sou uma total desconhecida no ramo gastronômico, isso sem falar na parte administrativa do negocio, eu gosto de cozinhar, mas nunca terminei o ensino médio, não sei nem por onde começar.

  — Mas está correndo atrás pra se formar — disse tocando em seu braço querendo lhe passar segurança — e no final é isso que importa, sem contar que você não está sozinha nessa, aposto que o quinteto adoraria lhe ajudar nessa.  

A inofensiva (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora