Capítulo 6

117 11 0
                                    

  Quando acordei no dia seguinte eu me sentia muito melhor comparado ao dia anterior apesar de ainda ter uma leve dor de cabeça não era muito incomodo me levanto da cama tentando decidir se ia ou não para o trabalho ainda em duvida saiu do meu quarto indo para cozinha em passos lentos parando bruscamente no corredor no exato momento que escutei uma musica tocando sendo acompanhada por uma voz meio desafinada. Sem conseguir processar muito bem o que acontecia volto a andar chegando na cozinha me deparando com a cena de Victoria cantando e dançando enquanto preparava o café e aquilo era uma das coisas mais estranhas que eu já a vi fazer, não que a Victoria não fosse do tipo de fazer algo assim, mas de manhã? Ela sempre estar praticamente hibernando nesse horário.

  — Se sente melhor? — perguntou sem parar o que fazia me dando um susto.

  — Um pouco — confessei me sentando na cadeirinha do balcão — e você?

  — Poderia está pior — disse Victoria colocando um prato e um copo de suco na minha frente antes de se apoiar sobre o balcão me olhando.

  Não conseguindo ficar sobre esse olhar comecei a buscar algum assunto no fundo da minha mente para ao menos acabar com o silencio. — Caiu da cama ou melhor do sofá? — perguntei meio sem graça enquanto beliscava me café da manhã.

  — Sim.

  — Sério? — questionei tentando não rir.

  — Não, é piada — confessou ela abrindo um sorriso que me deixara um pouco inquieta que mudara rapidamente para preocupação ao vê-la frangir o rosto 

 — Tubo bem Vic? — perguntei preocupada.

  — É só uma dor de cabeça — respondeu se afastando passando a mão pelo pescoço.

  — Não vai comer? — perguntei a vendo sair da cozinha parecendo aborrecida.

  — Já comi — disse sem olhar para mim indo até o corredor, aquele frase me desorientou considerando os seus hábitos, antes de parar bruscamente — acho melhor você não ir trabalhar hoje, caso não queira desmaiar no caminho.

  — O que a faz pensar que isso irá acontecer? — perguntei estranhando a firmeza da afirmação.

  — Porque já vi isso acontecer — confessou — agora se você decidi ir enfim a consulta que vem adiando a meses, ligue para a Kally pra te levar.

  Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ela some dentro do quarto, aquilo estava ficando confuso Victoria nunca ágil assim antes nem nos seus piores dias que para ser sincera foram poucos e pensando um pouco melhor esse mau humor atípico de minha amiga começou quase ao mesmo tempo que meu mal estar, mas isso deve ser consciência. E ela tem um ponto eu estava adiando demais essa consulta e o mal estar de ontem serviu como prova que eu não estava levando a sério a situação.

  Ao terminar de comer enquanto olhava em direção a sua porta levando o prato para a pia o lavando antes de né sentar no sofá mexendo no celular tentando encontrar algo para fazer até que mando uma mensagem para Kally:

Mensagem: on

[Eu] — Tá lebre no fim da tarde?

Mensagem: off

  A resposta não demorara a vim:

Mensagem: on

[Kally] — Estou sim, por quê?
[Eu] — Estou precisando que alguém me leve no médico.
[Kally] — Você tá bem?
[Eu] — Sim estou, não se preocupe, só preciso que me leve numa consulta que estava sem tempo pra ir.
[Kally] — A Victoria não pode fazer isso?
[Eu] — Ela não tem carteira, e também não está se sentindo muito bem.
[Kally] — Então, é para eu levar as duas?
[Eu] — Acho que não.
[Kally] — Tudo bem, passo aí para te buscar assim que eu sair.

A inofensiva (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora