Capítulo 30

70 6 0
                                    

  Aquelas palavras deixaram um clima estranho no ar e ninguém parecia saber como prosseguir com o assunto que trouxera todos nós ali. E o silencio prolongado só aumentava ainda mais o desconforto no ambiente, até mesmo respirar parecia uma tarefa difícil e estranha, pelo menos para mim.

  — Bem... vamos falar finalmente sobre a maior estupides do ano — disse Teresa quebrando o silencio por fim não parecendo mais confortável do que á poucos segundos antes de pronunciar a primeira palavra daquela frase.

  — Não precisava falar desse jeito — disse Manuela parecendo levemente ofendida, mas claramente era só um jeito de ajudá-la a dispensar aquele estranho clima — e com certeza a Vi fez algo bem pior.

  — Isso não é uma competição — disse a encarrando com intensidade.

  — Pois devia.

  — Ok, chega, pode continuar Teresa — disse Mel parando mais uma divagação — que ninguém aqui tem o dia todo.

  Cansada e querendo por um fim naquela reunião Teresa respirara fundo fechando os olhos.

  — Devo dizer que uma parte minha queria muito que isso não fosse acontecer ou que fosse real, mas é, infelizmente — disse Teresa — a Manuela quer tomar o lugar do irmão como líder e acabar com os negócios ilegais da família e, precisa da nossa ajuda para isso.

  — Você enlouqueceu de vez? — questionei usando todas as minhas forças para me manter sentada, mas não tivera autocontrole o suficiente para evitar de elevar a voz — quer matar todos nós ou pior?

  — Manuela você sabe que eu te adoro e faria qualquer coisa por essa família, mas eu não me afastei dos meus pais e irmãos porque queria fazer parte disso — disse Mel meio incomodada, porém mantendo a calma — eu não sou nem advogada criminal, só pra você ver o quanto não quero fazer parte disso.

  — Você passaram o último ano me convencendo a sair desse tipo de vida — disse Davi não muito diferente de nós duas — e agora você quer que eu volte e ainda numa situação pior?

  — Isso é praticamente suicídio — disse um pouco mais composta — você concordou com isso Teresa?

  — Ela usou o juramento esquisito — respondeu Teresa apontando para a minha irmã — é golpe baixo usar uma coisa que prometemos a anos, mas era para coisas pequenas, não uma conspiração... mas mesmo que não fosse o caso dela usá-lo, eu ainda ajudaria.

  — Por quê? — questionei indignada — você é uma das mais sensatas entre nós, é pra você ser o freio.

  — Porque eu já estou metida nisso — disse ela com os braços cruzados inclinado o corpo para trás da cadeira — o favor que estou fazendo para a Bruna já me coloca no meio disso e a Manu não é idiota, é impulsiva, mas não idiota, só escutem ela.

  — Ok, fala — disse desistindo de lutar contra.

  — Obrigada — disse Manuela assumindo uma atitude mais séria — como vocês sabem o babaca do meu irmão assumiu o posto de líder da máfia depois que nosso pai morreu e não demorou nem dois dias para ele marcar o meu casamento.

  — Tu tá noiva? — perguntou Davi.

  — Eu fugir por um motivo — disse rapidamente para nós impedi de voltar a interromper — e o Bruno é um idiota, vai afundar os negócios e sendo sincera não ligo que ele acabe com essas ações ilícitas, eu mesma gostaria e pretendo fazer isso, mas não afundando toda a família junto e é o que ele vai fazer, irritando todos aqueles que não deveria e colocando todos nós na linha de tiro dos mediadores ao desiquilibrar o poder.

A inofensiva (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora