3. você é a ovelha negra da família.

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Oi, mis amores. Passando só pra agradecer todos os comentários, surtos e pedidos de att que eu tenho visto por aí, vocês são surreais! <3

Esse capítulo, precisa ser dedicado a pessoa que leu e revisou todos eles comigo e que tem me ajudado muito nas ideias dessa história, minha "não me chame de favo de mel". Vivi, para além disso, obrigada por ter me emprestado uma personagem de criação sua e que veio fazer uma participaçãozinha aqui rs. Alguém consegue adivinhar quem é? rs

Boa leitura! <3

Boa leitura! <3

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Giovanna

Talvez eu estivesse no auge do meu estresse, talvez fosse culpa da volta às aulas, talvez fosse a mudança brusca de moradia, talvez fosse um idiota que não me deixava viver a minha vida em paz sem ficar me atazanando o tempo inteiro.

Não fazia nem uma semana que estávamos morando debaixo do mesmo teto e eu já contava os minutos pra chegar o final do semestre e eu poder me livrar desse encosto que meu irmão chama de amigo, não é possível que eu tenha pecado tanto pra merecer esse sem noção no meu pé.

E o pior de tudo foi ter que assistir meu irmão ficar do lado dele nessa história toda, pouco se importando como eu tinha conseguido chegar em casa sã e salva. Vicente sempre foi o meu maior aliado nas besteiras que eu fazia, vai ser uma perda e tanto pra mim se ele começar a escolher o outro lado.

A sexta-feira chegou mais rápido do que eu esperava, principalmente porque sabia que naquela semana não haveria aula, pois o docente da disciplina teve que cancelar por motivos pessoais, e obviamente que eu já tinha planos para fechar a semana com chave de ouro.

— Pega uma cerveja pra mim? - peço pra Alessandra assim que nos sentamos na mesinha do bar em frente à UERJ.

Era quase uma rotina, todas as vezes que as aulas eram canceladas, os alunos se juntavam nos barzinhos arranjando qualquer mero motivo para uma comemoração. Apesar de amar estudar cada mínimo detalhe do curso que escolhi pra mim, não posso mentir que sempre fui arroz de festa e não negava um bom happy hour.

Além de Alessandra, acabei fazendo umas amizades com pessoas de outros cursos também, claro que nenhum se comparava à ela, mas dava pro gasto quando o assunto era farra. Era uma mistura deliciosa de futuros advogados — exceto meu irmão —, jornalistas, professores, historiadores e por aí vai, a lista é imensa.

E era ainda mais gostoso aprender um pouco sobre a cultura de cada uma dessas pessoas, muitas vezes advindas de outros estados, ou de cidades minúsculas do interior. Como uma boa curiosa, sempre pulo de mesa em mesa buscando novos rostinhos pra amigar e aumentar minha vasta lista de contatos.

— Como estão as coisas na casa nova? - Bárbara é quem pergunta.

Ana Bárbara é estudante de direito e uma das nossas amigas mais fiéis de barzinho, sempre topa todas comigo e com Alessandra. Ela é da Bahia e acabou vindo estudar no Rio de Janeiro por insistência de sua mãe, que desejava que ela pudesse conhecer um pouco do seu estado de origem já que, após o casamento com seu pai, ela acabou se instalando pelo nordeste do país. Inclusive, a história de seus pais é daquelas de arrepiar, coisa linda de se ver. Digna de ser contada nos livros.

Menina VenenoOnde histórias criam vida. Descubra agora