Giovanna é apenas uma estudante de Relações Públicas aprendendo a viver a vida adulta longe da asas dos pais superprotetores, querendo aproveitar tudo de melhor que a noite carioca tem a lhe oferecer. Inconsequente, explosiva, um espetáculo à parte...
O problema dos erros é que às vezes eles beijam bem, né? rs
Esse ainda não é o c(u)pítulo de aniversário da camila, mas nos vemos quinta-feira de novo, porque eu tô bem boazinha.
Boa leitura! :)
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Giovanna
Os flashes da noite anterior faziam questão de invadir a minha mente antes mesmo que eu pudesse abrir os meus olhos, a dor de cabeça latejante contrastando com a luz que invadia o quarto pela janela. Mas havia algo de diferente ali, e talvez fossem os braços fortes que me seguravam por trás.
Apertei os olhos tentando me recordar se havia ido embora com algum homem que conheci na tal boate, mas nada vinha na minha mente. A última lembrança que eu tinha era de pedir para que Alessandra tentasse contato com Vicente para ele ir me buscar. O resto era um borrão.
Tento me mexer nos braços fortes que me seguravam, mas uma voz rouca que eu conhecia bem invadiu o ambiente, fazendo com que meu corpo relaxasse automaticamente.
— Ia fugir do seu próprio quarto sem nem me dar bom dia? — sua voz estava mais rouca do que o normal, acendendo lugares que não deveriam ser mexidos nesse momento.
Principalmente pelo momento que estamos vivendo, depois de tudo que tinha acontecido entre nós dois.
Viro o meu corpo com a barriga virada pra cima, percebendo que ele não soltaria meu corpo nem mesmo se eu pedisse. Que porra poderia ter acontecido em uma única noite pra ele estar deitado na minha cama depois de ter me dispensado?
— Você não lembra de nada, né maluca? — ele tinha um tom risonho em sua voz, apesar de carregar também um pouco de preocupação. — Quero nem pensar no que poderia ter acontecido com você se eu não tivesse atendido a ligação da sua amiga.
Coloco a mão sobre a testa, fechando os olhos novamente com a dor que invade todo o meu corpo. Queria ter força pra retrucar, pra discutir, pra dizer que ele estava errado, mas eu sabia que não.
Se ele não tivesse ido me buscar naquele momento, eu provavelmente voltaria para a festa, beberia mais do que o recomendado e não haveria Alessandra no mundo que conseguiria me segurar de fazer merda, de ser inconsequente.
Mesmo de longe, de alguma maneira, ele tinha tentado cuidar de mim da maneira que conseguia. E isso vale muito, sempre valeu. Essa é uma das tantas qualidades que fizeram com que eu me apaixonasse por ele, tanto ao ponto de largar para trás boa parte da vida promíscua que eu sempre amei ter.
Mesmo que de vez em quando eu ainda deslizasse, como aconteceu ontem, eu não tinha mais a mesma vontade de fazer o que eu fazia antes, de ter a minha antiga vida. Esse é o efeito Alexandre Nero em mim, e eu o odiava por isso.
Muito.
— Por que você dormiu aqui? — questionei ainda sem coragem de olhar em sua direção, sem querer que ele tirasse os braços do meu corpo, querendo ainda mais proximidade entre nós.
