2. se não me vê, não entende.

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Após muita persuasão, voltei um pouco antes do planejado rs.

Espero que estejam gostando de como as coisas estão indo, aceito críticas, mas não ouço calada!! (mentira, na vdd... eu choro!!!)

Boa leituras bbs! <3

Boa leituras bbs! <3

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Alexandre

Me considero um homem difícil de lidar, difícil de entender e mais difícil ainda de manter por perto. Minhas manias fazem com que eu queira que as coisas permaneçam sempre estáticas, do jeito que eu estou acostumado.

O novo me apavora, me tira a paz.

Apesar disso, sou um cara muito fácil de se levar na conversa, de fazer amizade, de me envolver com as pessoas. Isso, claro, acontece quando elas são minimamente semelhantes a mim.

E foi essa sintonia e harmonia que senti desde o primeiro momento que conheci Vicente, em um grupo de extensão da faculdade que misturava vários cursos aleatórios em prol de discussões baseadas em livros que escolhíamos a dedo a cada semana. Estávamos em nosso primeiro ano, ele em direito, e eu em história da arte.

Mesmo que nos encontrássemos em cursos diferentes, descobrimos muitas outras vertentes em comum, como a música, por exemplo. Ele tinha uma coleção de vinis muito parecida com a minha, e era tão fissurado em instrumentos, canto e composição como eu. Independente de não pretendermos seguir carreira na área, era um elo que sempre nos uniu.

Eu tocava violão desde que me conheço por gente, inclusive até imaginava que meu futuro seria na música, mas no meio do caminho acabei me encantando por outros tipos de arte. E foi assim que eu escolhi a história da arte como rumo a ser seguido pelo resto da minha vida, uma carreira um tanto quanto dificultosa em um país como o nosso, mas de algumas batalhas a gente não tem como correr.

Sempre fui apaixonado e curioso ao ponto de querer saber de tudo um pouco, de entender como a história se deu e aconteceu, um apreciador nato das melhores técnicas artísticas e como ela pode se relacionar com a cultura. Desde as pinturas e esculturas até mesmo as artes gráficas modernas, como a arquitetura e o design.

Eu sou um amante da arte, da cabeça aos pés.

Através das nossas várias semelhanças, acabamos indo dividir o mesmo apartamento quando o antigo roomate de Vicente desistiu da faculdade, trancando o curso. Como ele não conseguiria bancar o apê sozinho e eu tinha acabado de me desentender com os meninos que eu dividia quarto em uma república com mais homens do que o aconselhável, acabei vindo pra cá sem pestanejar.

Três anos e meio morando juntos, e se tivermos brigado duas vezes durante esse tempo era muito. Sabíamos respeitar o espaço do outro muito bem, e sempre optamos por resolver nossas discordâncias na conversa.

Por toda a gratidão que eu sinto por esse amigo que sempre fez de tudo por mim e pelo meu bem estar, eu acabei aceitando seu pedido de cedermos o quarto reserva pra sua irmã mais nova enquanto ela não encontrava um novo lugar pra morar. Aceitei sabendo que minha rotina seria diretamente modificada por aquele furacão de quase um metro e setenta, que era muito falada pelas más línguas do campus nos corredores da UERJ.

Menina VenenoOnde histórias criam vida. Descubra agora