— Tim tim! — batia as garrafas de bebidas entre os meninos, gerando risos e mais barulho num canto daquela praça.
— Que Jaemin banque mais outros trinta rolês e bebidas! — desejou Yeojin — Muito agradecida!
— E você? Vai começar a trabalhar quando, Jinnie? — Mark a questionou com um sorriso sincero no rosto, revelando um rosto incerto e engraçado da coreana.
Todos riam daquela cena e voltava mais uma vez o barulho subir.
A noite cantava. Estávamos nós sozinhos na praça pelas nove horas da noite. O clima fresco e um pouco úmido pela chuva de dias atrás ainda era evidente, mas não tão marcante pois os bancos estavam secos e não nos atrapalhava.
O plano era poder curtir um pouco aquele fim de noite em companhia. Beber e jogar conversa fora pela minha conquista do dia, que foi ser empregado acidentalmente. Bom, não podíamos ficar bebendo em lugar público depois das onze horas, então fomos cedo para poder aproveitar.
Estava acompanhado de todos os casais possíveis.
Jisung e Chenle sentados no meu lado esquerdo do banco, lado a lado, dividiando uma garrafa de Kislla. As caretas de Jisung até eram engraçadas pelo gosto do álcool, mas Chenle sempre o aconselhava a parar de tentar beber se estivesse muito desgostoso.
Do lado esquerdo do banco estava Mark e Donghyuck de mãos dadas tomando, cada um, uma garrafa de cerveja sem álcool, até porque estavam com planos de tentar parar de beber juntos.
Já Yeojin e Jeongin sentados num banco a minha frente riam e fofocavam entre si, num tom descontraído e íntimo que os dois sempre costumavam ter. Bebiam Soju em conjunto e trocavam carícias discretas, por ainda não serem assumidos.
Por outro lado, eu estava só, bebendo um Corote de melancia. Por mais que fosse uma bebida de mendigo, era a que eu estava com vontade de beber e, de qualquer jeito, eu não estava com planos de ficar bêbado.
Naqueles instantes eu observava eles e lembrava de Renjun mais uma vez.
Céus... o tanto que eu queria ele ali também.
— O que houve, Jaemin? Tá pensativo... — Chenle insinuou após me observar por um tempo. Eu não havia sequer notado ele me olhando.
— Quer tentar adivinhar ainda? — Donghyuck retrucou, me fazendo suspirar alto.
— Eu amo vocês, só isso mesmo. — comecei, matando o clima barulhento de antes — Eu amo ver vocês felizes.
Talvez eu estivesse alterado e não soubesse, ou talvez só estivesse muito deprimido. Porém a saudade que Renjun cultivou em mim parecia subir a cada minuto.
— Sabe... tá tudo bem se você ainda estiver triste por Renjun... — Chenle continuava — O grande problema é você não saber por o que exatamente está triste, se é por ter dado um fora nele, ou se realmente sente algo por ele.
Ele me questionou e no mesmo instante eu respirei fundo, tentando tomar algum rumo.
— Eu realmente quero Renjun. Isso chega ser doido, porque até um tempo atrás eu não queria ele perto de mim. — distanciei meus olhos para os pés de Yeojin e Jeongin — Ele me faz tão bem...
— Mas você sente algo por ele, Jaemin? É isso que realmente importa agora, saber se você sente o mesmo por ele. — Mark se intrometia, ganhando minha atenção.
— Sendo honesto, eu sinto. Desde quando nos beijamos, eu meio que me apaixonei por ele. Eu realmente não sei mais como passar os dias longe de Renjun, tudo parece ser muito agonizante. — eu acabei rindo de minhas próprias palavras e tomei mais um gole da bebida — Eu queria muito que ele estivesse aqui agora, mas nessa altura eu acho que ele nem queira me ver mais.
— Jaemin... — a atenção inteira se virou para Jisung, qual começava a falar — Você faz ideia do quanto de tempo ele esteve esperando por você?
— Desde o bilhete. — Donghyuck e Chenle arregalaram os olhos por instantes.
— Desde o bilhete?! — falaram em uníssono, mas Jisung os atrapalhou.
— Não, foi ainda antes, Jaemin. — Jisung continuava — Ele sempre foi muito apaixonado por você, ele quem contou. Ele se apaixonou por você a primeira vista e ele tentou tanto pra chamar sua atenção que chegava ser desumano, mas ele nunca desistiu, porque ele só tinha olhos pra você. Sempre teve. — ele sorriu com os lábios, carregando um olhar apreensivo — Você tinha que ver os olhos dele quando falava de você pra mim... o tanto que ele fica feliz com qualquer coisa que vocês fazem... ele te esperou e ainda espera por você, Jaemin. Ele realmente te ama.
Aquilo me doeu como uma faca no peito, me apertando tanto que eu quase chorei.
— Eu me sinto um idiota. — afirmei antes de beber mais três goles de álcool e sentir a ardência descer pela minha garganta.
— Eu já te vi chorar tanto pelo Jeno, que chega ser traumatizante te ver chorando por causa de Renjun. — Yeojin dizia — Você não merece sofrer mais, Jaemin.
— Pelo amor de Deus, procura esse homem. — Donghyuck insinuou, suspirando fundo — Não podemos deixar que vocês terminem assim.
— Ele não vai me perdoar.
— Olha as coisas que ele disse pro Jisung? O tanto que ele esperou por você? Ele te ajudou a superar Jeno, porra, ele teve paciência de te ouvir chorando por causa de Jeno e você ainda acha que ele não vá te perdoar? Acorda Jaemin! — Jeongin me dava uma bronca, e aquilo me envergonhava.
— Chega ser um absurdo isso, porque eu tô ficando de luto por causa de vocês dois. — Mark dizia — Ele conquistou todos nós.
E mais uma vez um clima estranho se formou naquela roda.
Era claro como nunca que aquele meu fim com Renjun estava afetando todo mundo, ainda mais quando eles me viam tristes.
Não tinha como aquilo tudo ser apenas o álcool. Algo deveria estar acontecendo de verdade com meu subconsciente, porque eu estava tomado de certeza de que era o certo insistir mais uma vez e não deixar Renjun ir embora da minha vida pra sempre.
Eu estava imerso de amor por Renjun e precisava dele mais do que nunca.
— Vocês estão certos... — eu suspirei mais uma vez — Isso não pode acabar assim.
— O que você pensa em fazer? — Mark perguntava.
— Eu vou trazer meu homem de volta.
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pink letter | renmin
FanfictionSem saber como superar seu ex, Jaemin passa a afundar suas dores numa loja de sorvete aberta ruas depois de sua casa. O que ele não esperava é que esse seu novo hábito traria Renjun, o garoto que ele mais odiava na face da terra, de volta ao seu cam...