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Zhaoshang hao! — cumprimentei com um sorriso aberto sobre os lábios. Mas Yang, frustrado, sorriu incrédulo e largou a mochila sobre sua classe.

— Não creio que chegou cedo outra vez! Jamais conseguirei vencer seu pontualismo. — riu descontraído — Como vai as coisas, colega?

Me apoiei na mesa, colocando os braços naquele lugar enquanto apertava o botão da caneta quase freneticamente.

— Tudo indo como o esperado. E você? — olhei para o parceiro de classe, vendo-o se sentar ao lado e concordar com a cabeça.

— De mesmo modo, como não poderia ser, certo? — levantou suas sobrancelhas, simplista — Ahm, você já iniciou a redação de História?

— Sim, você precisa de ajuda? — questionei-o sutilmente.

— Nem comecei ainda. — o garoto deu de ombros — Me perdoe pela pergunta repentina, sem nexo ou complemento. Estava curioso.

Eu lhe observei, largando a caneta sobre a mesa e suspirando com atenção.

— Não precisa pedir perdão! Está tudo bem. — sorri de canto  — Precisava finalizar o mais rápido possível, tenho planos essa próxima noite e não quero me preocupar com estudos ou redações... sabe como são as coisas...

Era irônico que em dois dias após a matéria entregue tenha já finalizado, para especificar, escrito mais de 2.000 palavras para algo de próxima semana.

Olhei para um ponto fixo no chão, tirando o sorriso de canto que tinha antes e apenas permanecendo com uma afeição relativa, estava concentrado pensando em algo.

Jaemin. Ao mesmo tempo que fosse uma dádiva poder estar finalmente me acertando com aquele coreano, era estranho, pois não eramos mais os mesmos de anos passados.

Isso me fazia refletir, sentir sensações estranhas e medo. Tudo aquilo outra vez era Jaemin.

— Bom... — sorriu confuso, me fazendo rapidamente lhe olhar, quebrando aquele transe de pensamentos e análises — Seja o que for, espero que consiga uma boa nota, não é sempre que conseguimos despejar criatividade em pouco tempo, ainda mais em uma redação de História.

— Espero que você vá bem também, Yangyang. — sorri envergonhado, ouvindo o bater de palmas a frente de quem comandasse a turma.

Abram seus cadernos e vamos a aula. — anunciou firme a modesta professora, sendo assim o motivo e razão para demanda quantia de alunos obedecer sua ordem.

[...]

Amarelio? — a garota virou um pouco a cabeça para o lado, tentando entender a letra pouco legível no caderno de Jeongin.

— O que? — ele levou um pequeno susto, levantando suas sobrancelhas e olhando a garota com atenção.

— A matéria é fácil, mas você errou gramática básica. — olhou séria para o coreano, entregando o caderno no mesmo instante — Um pouco vergonhoso para um garoto do último ano...

— Perguntei? — indagou frustrado, causando um riso irônico da menor.

— E precisa? — levantou suas sobrancelhas, provocando os nervos daquele rapaz.

Foi no momento em que apareci junto de Donghyuck, com um simples sorriso estampado nos lábios.

— Bom dia, por que essa briga? — perguntou Donghyuck, bem humorado.

— Yeojin é uma metida. — respondeu simplista, gerando um murmuro engraçado por parte da garota — Diria insuportável. — olhou para seu rosto, vendo ela sorrir com os lábios assim como si mesmo.

— Mas não vive sem. — dei de ombros, tendo mais uma vez os olhares sobre si.

— O que rolou aí? — perguntou Yeojin, curiosa, referente ao pulso coberto.

— Dormi em cima e acordei de mal jeito. Não encontrei nada para por de apoio então coloquei um curativo. — mostrei o pulso — Não se preocupem, tá tudo bem.

— Sei... — implicou Donghyuck, fingindo não saber a verdade por trás daqueles curativos — Ah! Meninos, vocês tem planos para amanhã a noite? — indagou sorridente, vendo de longe chegar Chenle e Jisung.

— Eu tenho uma partida em grupo marcada com uns gringos essa noite. — mencionou Jeongin, dando de ombros e gerando m murmuro irônico por parte de Yeojin.

— Você só vive jogando naquele computador, por isso nunca te chamam pra sair. — respondeu afiada, sendo xingada pelo garoto em tom baixo — Mas eu não tenho nada para fazer amanhã a noite. Bom, eu nunca tenho. Eu tinha pensado em fazer uma hidratação de cabelo e ir dormir cedo.

— Bom dia, fãs! Sobre o que estão falando? — questionou Chenle junto com a presença de Jisung quieto, como de costume.

— Perguntei se todo mundo tem planos para amanhã a noite. Vocês dois tem, a propósito? — levantou uma de suas sobrancelhas, curioso.

Naquele instante me recordei sobre os planos com Renjun naquele dia seguinte. Poderia ser complicado explicar que teria um encontro com um dos meus maiores inimigos por anos.

— Vamos sair para jantar fora. Para as famílias poderem se conhecer. — mencionou Jisung, colocando um sorriso animado sobre os lábios.

— Oh! Que fofo! — Yeojin disse, fazendo um beicinho — Espero que dê tudo certo no jantar! — ela piscou os olhos, docemente.

— E você, Jaemin? — ele me olhou, com um sorriso estampado nos lábios — Quer sair amanhã de noite?

Precisava pensar em algo rapidamente, uma resposta coerente e que fosse boa o bastante para não precisar entrar em detalhes. 

— Ah... eu já tenho planos... para sair amanhã... — mencionei intrigado, sem saber bem como responder mentindo — Retiro da igreja perto de casa.

— O que?! Mas você é ateu! — retrucou Chenle sem entender bem o que eu dizia. Acredite, nem eu entendia.

— Eles me convidaram e eu não soube ser mal educado — sorri aberto, mentindo descaradamente — Vai ter comida! Isso que importa.

— Jaemin, você mente muito mal. — respondeu Donghyuck — Mas tudo bem! Se você não quer sair por mim não tem problema. Eu vou tirar a noite pra ver minha sogra, dar uns beijos no meu namorado e comer algumas besteiras enquanto maratonamos uns filmes. — olhou novamente para as pessoas do grupo — Pensei que poderíamos sair para beber algumas no parque a noite. — ele riu curto.

— Ah?! Não suponha essas coisas! Meu namorado é uma criança. — disse Chenle, me causando um riso aberto e alto.

— Você também é uma criança e já fez coisa que muito adulto nem sonha, Lele. — levantou o dedo do meio, franzindo o cenho fortemente — Vai negar agora o seu passado de uns seis meses atrás?

— Sim. — ele concordou com um gesto, mantendo a mesma afeição irritada — Com todas as minhas forças. Eu me arrependo.

— Sim, confia. — murmurou Jisung, baixo, sorrindo com os olhos para o chinês.

pink letter | renminOnde histórias criam vida. Descubra agora