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— Bom dia, em que posso lhe ajudar... ah! Você. — ele tirou o sorriso do rosto ao ver o outro em sua frente.

Jaemin sorriu com os lábios e retorceu um pouco os braços como se houvesse sentindo vergonha, também. 

— Eu vim me desculpar sobre ontem e todo esse tempo, acontece que estava muito triste para pensar direito no que falar. Não quis ser grosseiro. — deixou de olhar seus olhos e visou o chão sem muito ânimo. 

— Não quis, é? — Renjun questionou em tom de deboche, rindo curto e irônico com o que ele dizia.

— Na realidade eu quis sim, estou tentando te enganar pra aceitar minhas palavras de desculpa. — seu sorriso que sairia do rosto se tornou em uma afeição séria mesclada com aquela simpatia natural que houvesse em Jaemin. 

Renjun colocou uma de suas mãos sobre o rosto, e quando lembrasse do chapéu ridículo que estava começando a lembrar de usar para o serviço, retirou-o. Maldito chapéu.

— Está tudo bem. Não consigo te odiar, de qualquer forma... também consigo compreender como términos são difíceis. Você não costuma ter muita paciência mesmo. — sorriu de canto e riu sofrego, brevemente — Espero que esteja melhor, pelo menos hoje.

— Ah! Sim. Passei a noite inteira chorando no colo da minha mãe enquanto assistíamos um seriado, sabe como é? — balançou a cabeça em concordância e suspirou fundo. 

Renjun deu de ombros e sorriu fraco com os lábios.

— Irá pedir algo? — suspirou fundo e tirou do bolso o bloco de notas junto da caneta cor preta e olhou para Jaemin, atenciosamente. 

Bom, não via problema em prestar atenção nos clientes e logo em seguida atende-los, mas claro, notou a burrice que cometera no dia anterior quando pôs amendoim em um pedido que teria sido com nozes. Era melhor anotar tudo. 

— Vou querer um de morango com balinhas, o de doze. — sorriu de volta com os lábios, forçadamente e se sentou sobre a cadeira da mesa. 

O chinês concordou com o que teria pedido e voltou a andar para dentro da loja. 

Renjun não imaginava que suas palavras teriam provocado algo em Jaemin, certamente, conseguiu convencê-lo de que precisava se valorizar. 

Pouco tempo depois, voltou para perto de Jaemin naquela mesa e entregou o pedido que teria feito. Ele sorriu com aquilo. 

Bon appetit. — se virou, novamente para voltar a fazer os pedidos para os clientes que houvessem na loja, mas Jaemin impediu-o com uma propósta.

— Olha... meus amigos estão comprometidos e tenho quase certeza que não vão me suportar daqui algum tempo falando de Jeno. — Renjun rapidamente se virou para este — Gostaria de sair comigo qualquer dia? Para passear ou qualquer coisa? — Renjun arregalou os olhos, surpreso. O loiro sorriu de canto, envergonhado — Sei que é aleatório, mas perdi muito tempo te tratando mal e eu pensei bem essa noite... você é uma pessoa ideal para passar o tempo agora. 

— Como é? — ele franziu as sobrancelhas, confuso com o que ele diria. 

— Você estava certo. Eu preciso parar de ficar com dó de mim mesmo e tratar pessoas mal por problemas antigos. Aquela nossa conversa me fez pensar melhor e entender que eu preciso de uma dose de vergonha na cara. Eu ainda te odeio, mas preciso admitir que você é bom em jogar na cara algumas verdades.

Ele nunca imaginaria, realmente, nunca mesmo que suas palavras tivessem feito a cabeça de Jaemin. Corou com aquilo, e por minutos, ficou quieto. 

Tirou de seu bolso o mesmo bloco de notas de antes, com a caneta. 

— Tudo bem, podemos tentar. — ele sorriu com os lábios, sutilmente — Qual o seu número? — Jaemin sorriu de volta, aliviado.

pink letter | renminOnde histórias criam vida. Descubra agora