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— [...] Sei que ainda é cedo. Não conhece ao certo sentimentos românticos e todas as coisas tão específicas como estas. — ele sorriu largo, tomando uma forte cor — Eu já disse para você diversas vezes os meus sentimentos e sobre mim mesmo. Gosto muito de você, Park Jisung. Quero ser seu namorado e poder te ensinar coisas que ainda não tenha conhecido. Nós podemos ir com calma, tudo devagar, não precisamos dizer coisas como "te amo" enquanto ainda não for tempo certo, se aceitar. — fechou seus olhos com força enquanto balançava sua cabeça — O que me diz?

Sabia, algo de bom no dia teria dado certo. A aposta com Donghyuck, finalmente ganharia dinheiro fácil.

— Puta merda. — ele diria baixo, tenso olhando para a situação dos dois a sua frente. Sabia que estava fodido, isso era óbvio. Ri acidamente de sua afeição.

— Hyuck está devendo vinte wons a Jaemin. — a garota diria contente, olhando para mim com uma das sobrancelhas levantadas.

— Shiu vocês dois! Posso me salvar ainda. — mencionou em sussurro, tornando um sorrir largo em meu rosto.

— Tudo bem! Eu aceito ser seu namorado. — disse em meio de risos nervosos e o puxando para um beijo cheio de amor.

Aquilo foi o tempo para que houvesse barulhos agitados de Donghyuck — por estresse — e Yeojin atrás de mim.

Quando se abraçaram, se permitiram pela primeira vez corar tanto enquanto sorriam admirados.

Bang! — estendi a mão para o loiro, sorrindo contente com os lábios. Yeojin se ria do coreano no fundo.

Já Donghyuck, revirava os olhos e tirava do bolso o celular. Guardava qualquer dinheiro ali na capinha.

— Filho da puta. — sorriu brevemente, entregando os prometidos vinte reais para ele. Peguei a contia e suspirei fundo.

— Foi ótimo fazer negócios com você, Lee Donghyuck. — me soltei de Yeojin e visei a nota com atenção, antes de guardar no bolso da calça — Preciso ir.

— O quê?! — Chenle mencionou após escutar a fala — Não pode ir, sairemos todos juntos para passear! — manhoso retrucava com seu, agora, namorado em um abraço.

Balançou sua cabeça para um lado e para o outro, sorrindo sutilmente antes que dissesse mais alguma coisa.

— Preciso ficar um pouco sozinho, Yeojin contará direitinho para vocês. — de maneira tensa, finalizei. Suspirei outra vez e olhei para meus pés — Não estou em um bom dia. Mas felicidades ao casal! — sorri largo quando direcionava novamente os olhos para eles.

[...]

— Ficou maluco? Ele não era o amor de sua vida? — indaguei irritado com o celular sobre o ouvido dentro do salão da recepção.

No telefone, do outro lado, pobre Jeno se queixava de tudo que houvesse feito.

Para de me xingar... — mencionou com dificuldade no meio da ligação. Tudo bem, estava um pouco pasmo com a notícia, queria poder ajudar, mas de certa forma estavamos tão distantes e frustrado.

A ideia de Jeno triste fazia meu coração se quebrar gentilmente. Eu só conseguia suspirar fundo e fechava os olhos pensando no que deveria dizer.

— Me perdoe... — outra vez, suspirei pesado — Se está tão arrependido, mande uma mensagem para ele se desculpando dizendo que isso é uma má ideia e que não anda pensando muito bem! — sorri fraco — Jaemin entenderá, certo?

Não posso fazer isso! — negou, fungando o nariz pouco após — Não posso voltar atrás... droga! Isso não é minha culpa, Renjun! Eu só quero ir embora dessa merda de cidade logo.

Outra vez, a dor em meu peito se contorceu e fez meus olhos se fecharem com força.

Ouvir Jeno naquele estado estava doendo tanto, tanto, tanto...

— Não quero que fique triste assim... — me segurei para não dizer nada entalado na garganta — Desculpe, preciso desligar. Está anoitecendo e a loja está ficando um pouco movimentada, — menti — tome um calmante, respire fundo, não deixe sua ansiedade atacar. Descanse um pouco, mais tarde o ligarei de novo, certo? Beijo! — neguei freneticamente com a cabeça sobre o que teria dito, tomando cor — Tchau!

Antes de Jeno poder se despedir, desliguei rapidamente. Ora aqueles malditos sentimentos aparecendo em momentos inadequados!

— Renjun, não faça isso nunca mais! — disse para mim mesmo quando guarduei o celular no bolso.

Quando a porta se abriu, vi minhas mães me olhando preocupadas. Devem ter escutado a conversa, não por querer, mas curiosidade.

— Como ele está? — questionou a mais alta.

— Ele está horrível. — franzi um pouco a sobrancelha — Nunca vi Jeno assim... — Song negou com a cabeça, receosa.

— Certo, querido. — colocou uma de suas mechas atrás da orelha e olhou em volta — Acho melhor ir atender aquele menino antes de fechar... — apontou para a figura que se sentava sobre uma das cadeiras coloridas das mesas na frente da loja.

Olhei para destinado sujeito e arregalei os olhos, pouco surpreso.

J-Jaemin. — engoli seco.

pink letter | renminOnde histórias criam vida. Descubra agora