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— Alô? — disse pela primeira vez naquela manhã ensolarada de quarta-feira, após acordar assustado com o toque alto do telefone.

Uma ligação repentina de Jisung logo pela manhã, não pensaria muito sobre o que houvesse acontecido naquele instante.

Jaemin, desculpe o incomodo. Acabei de acordar e ocorreu alguns problemas aqui em casa, Chenle disse que ajudaria a colorir meus cabelos. — droga, problemas logo cedo — Tem algum problema se ir para sua casa, esta tarde?

— De forma alguma, pode vir aqui logo depois. — respondi certo de minhas palavras; já Jisung concordou e desligou a ligação após se despedir.

Uma curta ligação que fez meu pobre coração pesar e minha cabeça se dirigir em pensar sobre o que poderia estar se tratando.

Pintar os cabelos? Ora, Chenle não havia dito sobre nenhum evento especial, em específico para mim dias antes.

Olhei de volta para a tela do seu celular e suspirei fundo. Piscando os olhos com certa dificuldade para ver, já que, acabara de acordar de um sono.

"bom dia meu amor, estou com saudades! odeio não poder vê-lo neste feriado, pelo menos poderei escutar sua vozinha de sono antes de dormir. te amo muito! tenha um bom dia."

"(não esqueça de entregar os currículos, estão em cima do criado mudo)"

Um sorriso bobo surgiu naquele farto rosto de sono. Mesmo que, após um ano de namoro, ainda poderia amar Jeno e todas as coisas bonitas e dóceis que estaria vivenciando todos os dias de minha vida.

Suspirei fundo outra vez, largando o aparelho e olhando para pasta rosa ao lado da cama. Ele me conhecia tão bem, isso era engraçado de alguma forma.

Me levantei da cama e arrastei o corpo para o banheiro. Seria um longo dia, daqui poucos meses completaria dezoito anos, precisava de dinheiro para comprar logo meu tão desejado apartamento, e finalmente, estar em paz.

Nada contra a família, amava Yeojin e a mamãe, porém quanto mais cedo fora de casa, melhor; e certamente, não iria começar tudo sem um trabalho. Procuraria um emprego essas próximas semanas.

— Certo, Na Jaemin, seus cabelos estão compridos e desbotados. — olhei para as madeixas alaranjadas e a raiz escura, na frente do espelho. Me sentia uma graça com as mechas bagunçadas — Vamos entregar os currículos, comprar tinta de cabelo e dar um visual novo para esse seu rosto bonito. — sorri com os lábios, admirado.

[...]

Renjun, meu bem! — a morena alta diria com um dócil sorriso no rosto enquanto se aproximava com um chapeuzinho branco com traços amarelos e rosas nas mãos.

Eu resmunguei na frente daquele espelho arrumando a gola da camiseta uniforme do novo trabalho.

— Mãe, já lhe disse que não há necessidade alguma desse chapéu! — franzi o cenho, indignado.

A chinesa se pões atrás de mim e pões o chapéu em seus cabelos. Suspirou fundo, sem paciência, ela riu e deixou um beijo em meu rosto.

Chun Huang nunca deixará de ser a mãe mais fofa do mundo, mesmo que o seu filho seja resmungão.

— Fica bonitinho com esse chapéu, filho. — olhou para meu rosto, ainda sorridente — Nossos clientes irão adorar.

pink letter | renminOnde histórias criam vida. Descubra agora