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— Bom tarde, querido! — Hyerin entraria no quarto com um sorriso lindo sobre o rosto quando me visse. 

Apenas uma calça pijama com detalhes coloridos, uma camiseta de mangas curtas brancas e meus cabelos loiros bagunçados. Esse era o meu charme. 

— Bom tarde, mãe! — sorri largo quando a vi entrar — Sabe onde está minha calça jeans azul-clara? Hoje será um dia especial para Chenle e Jisung, preciso estar com minha melhor jeans!

Com as mãos sobre a cintura, ela revirou os olhos, fingindo pensar onde estaria. 

— Está na quarta prateleira de seu guarda-roupa, ao lado da camiseta laranja quadriculada. — arregalei os olhos, espantado com suas palavras — O que foi? Sou mãe, sei exatamente onde está cada pequena coisa em seu quarto. — sorriu com os lábios, andando um pouco e se sentando sobre a cama. 

— Você me assusta as vezes. — olhei para expecifíco local onde ela teria mencionado e ri brevemente quando encontrei — Yeojin virá aqui mais tarde, tudo bem? — olhei para ela.

— Sim e eu preciso falar com você sobre uma coisinha… — ela levantou um de seus dedos e levou até seus cabelos médios e enrolou uma de suas mechas no dedo — Os papeis do divórcio chegaram… — disse baixo, com receio que alguém escutasse — Preciso de ajuda, filho, tenho medo do que ele possa fazer… — continuou baixo, provocando um sorriso sobre os meus lábios. 

Me aproximei, sentei ao seu lado e peguei em uma de suas mãos. 

— Não precisa ficar com medo. Estarei ali ao seu lado para o que der e vier, ok? — suspirei aliviado — Finalmente será livre de todo mal a qual lhe causa, não deve se amedrontar. Será uma mulher feliz após muitos anos, entende isso? 

— Entendo, mas... ah! Fico tão insegura quando penso sobre isso. — balancei a cabeça, permanecendo com o sorriso sobre o rosto. 

— Enquanto estiver aqui nessa casa, não deixarei que nenhum mal aconteça com você. — antes que o silêncio pudesse marcar presença entre nós dois, ela sorriu de orelha a orelha e deixou um beijo no meu rosto. 

— Você é a coisa mais preciosa que já tive em minha vida, Jaemin. — ela suspirou fundo e permitiu-se dar outro beijo na minha testa.

— Sei disso, mãe. — ri brevemente — Mas agora preciso que desça lá em baixo e prepare um café bem gostoso para nós dois, certo? — deixei um beijo na mão de minha mãe notando ela concordar em um gesto.

Ela levantou da cama, seguindo seu rumo para a porta e dali em diante para a cozinha. 

Naqueles instantes sabia que estava fazendo a coisa certa.

Ver minha mãe sorridente e aliviada me motivava a continuar naquele mesmo caminho.

Sempre conseguia ajudar as pessoas com palavras, mesmo que as vezes não soubesse como se ajudar. Talvez pudesse ser um psicólogo ou psiquiatra! 

Quando me levantei da cama, olhei para o celular em cima do cômodo e notei ele começar a tocar.

Rapidamente, caminhei até ele e atendi uma ligação repentina de Jeno. 

— Oi, né?! Você desligou ontem na minha cara... como está?

Precisamos conversar. — disse ele do outro lado, calmo em tom baixo de voz. 

Ora aquelas palavras que pudessem provocar tantos pensamentos negativos de uma só vez em minha cabeça. 

— Fala logo. — fechei os olhos, pondo a mão sobre a testa. Respirava fundo com medo do que pudesse ouvir. 

pink letter | renminOnde histórias criam vida. Descubra agora