Octavia

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  Eu empurro seu peito e saio em disparada para fora do quarto, meu peito arfando e meu coração quase explodindo.

Quando chego ao meu quarto, coloco uma mão no meu peito, desejando que pare de bater tão forte, tão rápido.

     O que diabos há de errado com você, coração? Por que você está pulando tanto? E para quem? Um maldito homem e amigo do seu irmão? Não poderia ser alguém, não sei, mais disponível? menos clichê?

  Minha respiração está agitada e áspera, mesmo que tenha passado uma hora desde que cheguei ao meu quarto. Ainda mais desde que suas mãos estavam em mim, e ainda é a única coisa que meu corpo pensa.

  Corro até meu banheiro para jogar água em meu rosto, meu rosto queima e consigo ver a vermelhidão espalhada por ele. Jogo água gelada e não é o suficiente.

   Entro no box e ligo o chuveiro deixando a água cair por todo meu corpo, o frio me faz arrepiar mas alivia toda aquela queimação que estava sentido. 

Tomo um banho e apenas uso o sabonete, a falta de paciência não permite um banho completo com direito a shampoo e condicionador.

   Saio do box me secando e visto um roupão, faço o caminho até minha cama e visto um pijama que consiste em uma calça e um blusão que peguei na gaveta de Gunnar.

  Deito na cama olhando fixamente a parede na minha frente sabendo que ele ainda está lá, forço meus olhos fecharem e começo a contar.

    
•••••••••

Acabo acordando de repente, em um susto. Meu peito sobe e desce como se meu coração fosse sair. A lua ilumina o meu quarto através da cortina, olho para o relógio a minha direita e marca que apaguei por apenas 20 minutos.

   Estou me ajeitando na cama quando ouço um trovão e pulo na cama com susto. Rio ao perceber que me assustei apenas com um trovão e me ajeito virando para o lado da porta.

Estou fechando meus olhos quando vejo minha porta abrir, e novamente um trovão cai no lado de fora.

—"Porcaria!" — Falo, — "Pare de me aparecer como um fantasma na minha frente, que droga." — Dean está parado na minha porta carregando um cobertor e um travesseiro.

— "Eu mandei mensagem, não viu?" — Ele fala baixo.

— "Se eu não te respondi, o que você acha?" — Bufo. — "O que está fazendo aqui?"— Pergunto frustrada.

— "Eu..." — Ele para. — "Eu não tô conseguindo me acalmar pra dormir, minha cabeça tá a mil e eu tive um pesadelo que me deixou pior ainda, e eu..." — Ele gagueja em cada palavra.

— "Entra logo." — Falo e me levanto da cama indo até o closet pegar roupa de cama para ele.

  Carrego uma pilha de lençol e cobertor para forrar no chão, mas quando chego no quarto ele está deitado na minha cama.

— "O que pensa que está fazendo? Perdeu a cabeça?" — Coloco as roupas de cama na minha cama.

— "Sua cama cabe umas quatro pessoas, pensei que não se incomodaria." — Ele fala encostado na minha cabeceira.

— "Você acha que depois de toda aquela tensão você vai dormir comigo?" — Falo cruzando os braços o encarando.

—"Em minha defesa, você veio atrás de mim! Eu fui apenas uma pobre vítima nisso." — Reviro os olhos. — "Tensão, Hein?" — Ele fala com um maldito sorriso.

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