Octávia

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   A manhã seguinte trouxe uma agitação silenciosa. Depois da noite intensa de Devil's Night, a expectativa de um novo dia estava impregnada no ar. Eu estava animada para continuar nosso dia, mas uma sensação inquieta começou a se instalar quando percebi que Dean ainda não tinha dado notícias.

   Tentei afastar a preocupação, dizendo a mim mesma que ele provavelmente estava resolvendo algumas coisas pessoais. No entanto, a ansiedade crescia à medida que o tempo passava. Peguei meu telefone várias vezes, resistindo à tentação de ligar para ele.

   Quando finalmente cedi à curiosidade, uma rápida pesquisa online revelou uma notícia inquietante. Meu coração afundou ao descobrir que houve uma briga em sua antiga casa, e Dean estava envolvido. O texto não detalhava muito, mas meu estômago se revirou com a preocupação.

  Decidi ir até a casa dele para entender melhor o que havia acontecido. Ao chegar lá, uma sensação estranha pairava no ar. A casa estava quieta, como se sussurrasse segredos que eu ainda não conhecia.

  Bati na porta, mas não houve resposta. A inquietação se intensificou. Resolvi dar uma volta pela vizinhança, esperando encontrar alguma pista. Foi quando me deparei com um vizinho que parecia carregar um peso nos ombros.

— "O que aconteceu aqui?" — perguntei, tentando manter a calma.

O vizinho suspirou. — "Houve uma briga hoje cedo. Parece que o filho do antigo morador estava envolvido."

Meu coração disparou, uma sensação de apreensão tomando conta de mim. — "E ele está bem?"

O vizinho parecia hesitante. —"Eu não sei todos os detalhes, mas a polícia esteve aqui, alguns vizinhos chamaram a emergência. Talvez seja melhor verificar no hospital."

  A preocupação se transformou em uma espécie de neblina confusa enquanto eu me dirigia ao hospital, temendo o que poderia encontrar. A incerteza pairava como uma sombra, e meu único desejo era que Dean estivesse seguro, apesar do turbilhão de eventos que pareciam ter se desenrolado na noite anterior.

  Ao entrar no hospital, meu coração batia com uma mistura de ansiedade e esperança. Caminhei pelos corredores, procurando informações sobre o estado de Dean. Foi então que avistei meu pai, minha tia Rika, minha tia Banks e meus irmãos reunidos em uma sala de espera, a tensão no ar era palpável.

— "O que está acontecendo?" — perguntei, minha voz carregada de apreensão.

Meu pai, com uma expressão séria, se aproximou. — "Octávia, é sobre Dean. Houve uma briga na casa antiga dele, e ele está aqui no hospital."

Meu coração afundou, mas uma centelha de esperança ainda permanecia. — "Como ele está? Posso vê-lo?"

Minha tia Rika, preocupada, respondeu: — "Os médicos estão cuidando dele. Parece que levou alguns golpes, mas ainda não sabemos a extensão dos ferimentos."

Nesse momento, a mãe de Dean se aproximou, seu rosto refletindo uma mistura de angústia e gratidão por eu estar ali. — "Octávia, obrigada por vir. Você significa muito para ele."

Assenti, determinada a oferecer apoio a Dean. — "Claro, estou aqui para o que precisar."

Entramos na sala de espera juntos, onde o silêncio era quebrado apenas pelo zumbido distante dos aparelhos médicos. A mãe de Dean falava com a tia Rika, enquanto meu pai explicava o que sabia sobre a situação.

  Conforme o tempo se arrastava na sala de espera, meus pensamentos mergulharam em um abismo de preocupação e culpa. A ansiedade se misturava com o eco de palavras não ditas, perguntas sem resposta. Uma sensação de impotência me envolvia, enquanto eu me culpava por não ter percebido antes, por não ter estado lá quando Dean precisava.

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