Dean

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    Ao entrar na quadra, o som familiar dos tênis squeak preenche meus ouvidos. A sensação da bola de basquete em minhas mãos, firme e confiante, faz minha pulsação acelerar. Voltei ao jogo, ao meu verdadeiro lar.

O ginásio está impregnado com o cheiro da madeira recém-lustrada e do suor de atletas determinados. Cada passo que dou é uma lembrança de anos atrás, quando as luzes do centro do palco brilhavam mais intensamente. A paixão pelo basquete nunca me deixou, apenas esperou pacientemente por seu momento de ressurgimento.

As linhas da quadra formam um labirinto de desafios e oportunidades, e eu me movo com a confiança de quem conhece cada centímetro. Cada cesta que fiz, cada derrota que sofri, está gravada nesses tablados. Meus músculos absorvem a tensão do retorno, mas a euforia da competição suprime qualquer desconforto.

Enquanto o treinador vocifera instruções, meu foco está na dinâmica fluida da equipe. Cada passe, cada movimento, é um elo no renascimento da minha carreira. Meus colegas de equipe, novos rostos que rapidamente se tornam familiares, compartilham o mesmo desejo de excelência.

Cada salto é um lembrete do poder que se manteve adormecido, agora despertado com fome. O rangido do aro, o eco das palmas da torcida distante, tudo isso me leva de volta aos dias em que minha vida era definida pelo som da bola batendo no chão.

A exaustão se mistura com a satisfação quando o jogo termina. O calor do momento, a vitória ou a derrota, são insignificantes comparados à jornada que me trouxe de volta a esse ponto. Ainda há desafios à frente, mas o simples ato de estar aqui, no centro da quadra, é a recompensa que alimenta minha paixão.

Enquanto saio da quadra, o sorriso não abandona meu rosto. O basquete é mais que um jogo; é a expressão da minha alma. E hoje, mais uma vez, eu provei a mim mesmo que, não importa quanto tempo passe, o coração de um jogador nunca envelhece.

Encarei Ivarsen após o treino, a exaustão e a alegria marcando meu rosto.

— "Cara, voltar à quadra é surreal, porra. — Ivarsen, o capitão do time e irmão da Tavi, minha namorada, acenou com a cabeça, um sorriso de orgulho estampado em seu rosto.

— "Sem dúvida, Dean. Você mostrou que ainda tem o fogo. Parece que nunca saiu." — Ele joga água em seu rosto.

— "Bem, vai levar um tempo para me sentir 100%, mas é bom estar de volta. Capitão." — Ele bate em meu ombro rindo.

— "Foi um prazer, Dean. Precisávamos do seu espírito e experiência. E não se preocupe, estamos apenas começando. Há muito a conquistar juntos."

Meus olhos percorreram a quadra, observando a equipe se reunir após o treino.

— "E quanto à Octávia... espero que não tenha ficado muito chateado por saber pelo os outros que estamos namorando, eu pretendia te falar mas Dag acabou me encurralando primeiro."

Ivarsen sorriu, dando um tapinha amigável em meu ombro.

— "Você deixou claro pra mim anos atrás." — Ele começa a me imitar, — "Eu vou colocar um anel enorme na mão da sua irmã"

Viro meu rosto rindo mas de repente um soco no meu peito, — "O que foi isso?" — Falo indignado olhando ivarsen.

— "Isso foi por ter levado minha irmãzinha pra cama, idiota." — Ele avança, — "Eu ouvi ela e Jett falando sobre e porra!" — Ele passa a mão no rosto.

— "Eu fui cuidadoso, cara." — Ele me olha e seus olhos azuis me fuzilam. — "Tá, calei a boca."

Caminhamos juntos em direção à casa de Ivarsen, a antecipação no ar enquanto nos preparávamos para uma noite dos caras. Ao chegarmos, a energia caótica já se espalhava pela casa.

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