Octávia

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  Estou tentando explicar que não podemos demonstrar nossas emoções e que eles não podem agir pela casa como se soubessem do que está acontecendo ou isso tudo está arruinado.

— "Não olhem através das janelas ou falem alto com expressões nervosas, podemos estar sendo observados nesse exato momento." — Falo e olho para Dean que ainda está quieto o bastante.

— "Vocês já perceberam que é sempre um de nós que é sequestrado ou sofre ameaças?" — Dag diz e Gunnar balança a cabeça. — "Que esse bebê venha pra mudar isso por que pelo amor de Deus precisamos de paz e paz no momento não está andando ao lado dos Torrances."

— "Dag, quieto!" — Indie diz com torção.

— "É sempre um 'Dag, fique quieto', 'Dag, pelo amor de Deus' mas todos sabem e não falam o 'Dag, você está certo.' — Ele nos olha, — "Novamente."

  — "O que eu estou querendo dizer é que pela primeira vez eu quero que vocês não se metam." — Falo e reclamações pelo ar correm solta.

— "Octávia Sarah Ashby Torrance, você está louca se acha que vamos deixar você ir sozinha atrás desse homem." — Minha mãe diz e essa foi uma das raras vezes que ela me chama atenção por meu nome completo.

— "Eu já disse que não estou sozinha nisso, mãe. Os meninos  estão comigo." — Respondo, tentando acalmar sua preocupação.

— "E se algo acontecer com vocês?" — Ela retruca, claramente angustiada.

— "Nós vamos ficar bem, mamãe. Prometo." — Ivarsen intercede, colocando a mão no ombro dela com carinho.

— "Mas e se..." — Ela começa a protestar novamente, mas é interrompida por Dag.

— "Estamos perdendo tempo aqui! Precisamos agir logo antes que algo pior aconteça." — Dag argumenta, impaciente.

— "Concordo com Dag. Temos que tomar uma decisão rápida." — Gunnar adiciona, olhando ao redor para ver se todos estão alinhados.

— "Mas precisamos agir com cautela. Não podemos correr riscos desnecessários." — Finn pondera, tentando encontrar um equilíbrio entre a urgência e a segurança.

— "Então, o que vamos fazer?" — Indie, olhando para cada um deles em busca de uma resposta.

— "Vamos? você claramente não está nisso, Querida." — Madden diz para ela e ela o encara com raiva.

— "Eu nunca posso fazer nada, se quero fumar uma maconha não posso, se quero arrumar uma briga no dojo pra se desestressar você diz que não, não posso nada nisso. Mas que droga!" — Ela reclama como costuma fazer quando éramos crianças.

— "Indie, isso não é hora para discutir", intervenho, tentando acalmar a situação.

— "Você também não me entende, Octávia!" — Indie retruca, sua frustração transparecendo em sua voz.

— "Não é sobre eu te entender ou não, Indie. É sobre mantermos o foco no que realmente importa agora", — eu respondo, buscando encontrar um meio-termo.

— "Tudo bem, vamos focar no que importa", —Ela concorda, colocando uma mão no ombro de Mads em um gesto de apoio.

— "Estamos todos nisso juntos", — minha mãe acrescenta, tentando acalmar os ânimos.

— "Eu vou com meu carro seguindo o de Octávia." — Ivarsen diz e Finn entra na frente dele.

— "Negativo! Não quero ser mãe solo, você está louco?" — Ela o encara e coloca uma mão na sua barriga.

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