medo e marra

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Lay la Páez

Cheguei em casa e a primeira coisa que fiz foi capotar. Minha vontade era entrar dentro do colchão e não sair nunca mais. Antes de dormir Pense um pouco nessa minha pequena e breve interação com o Veiga... aquele abraço foi como um alivio pra mim, não sei explicar. Me sinto bem com ele, nos braços dele melhor ainda.

{...}

-Layla Páez, acorde agora.

Taty disse entrando no meu quarto e parando de pé ao meu lado na cama.

-vamo Layla, quero saber o que a Dhiovanna e o Gabriel estão fazendo aqui.

Ela continua e aí que eu me lembrei do combinado com o Dhio. eu havia esquecido completamente...

-porra, eu esqueci de te avisar...

Respondi cobrindo meu rosto com o travesseiro.

-então explica logo, você é louco?

Ela disse e eu me senti tentando raciocinar o que iria dizer.

-ela me ligou disse se ela e o Gabriel conseguir passar dois dias aqui em casa...

-DOIS DIAS?

ele disse colocando a mão sobre o peito e cochichando um pouco mais alto.

-sim, ela não disse o porquê, mas eu não iria negar, até porque, sempre quando eu precisei ela me ajudou também.

respondi e ela revirou os olhos.

-já vou avisando que não vou aturar briguinha infantil de vocês dois não, minha vontade já era ir pra minha casa.

ela disse se levantando e indo até a porta.

-que casa?

ironizei.

-vai se ferrar.

ela respondeu mandando um dedo do meio.

Me levanto na força do ódio, meu corpo inteiro dói. Vou até o banheiro e faço minhas higienes matinais como todos os dias. De roupa, faço questão de colocar uma camisa do Santos, branca, com um short jeans de lavagem clara, básico.

Não estou preparado para rever Gabriel desde a última vez, e muito menos para fingir sorriso no rosto e serenidade.

-bom dia pra vocês...

digo descendo as escadas cumprimentando os dois.

-bom dia gata, que saudade.

dhio veio me cumprimentar com um abraço, já faz uns bons anos que não a vejo.

-você tá tão linda... quanto tempo.

Respondi olhando nos olhos da mesma e iniciando outro abraço, enquanto isso, Gabriel apenas observava encostado na bancada da cozinha. Desfaço do abraço e vou até o armário pegar as coisas do café.

-só dia pra você Gabriel.

respondo oferecendo um sorriso mega falso pra ele, que me olha de cima a baixo fazendo o mesmo.

-tá precisando renovar esse seu estilo, se quiser você dou uma camisa nova.

ele disse se referindo à minha camisa.

-quem precisa renovar é você, muda, muda, muda e não muda nada.

respondi apontando pra jaqueta do mesmo, que por sinal, era do flamengo.

-se quiser, te dou umas aulinhas.

continuei e ele riu debochando.

-vai começar uma briguinha de crianças...

até você chegar.Onde histórias criam vida. Descubra agora