Layla Páez
Logo que cheguei em casa, fui direto pro banho. Meu coração está batendo mais acelerado do que o normal, e minha mente não para de pensar por um minuto o que pode ser a entrega que vai chegar em casa. Tomo um banho mais completo que o normal, nada melhor do que um banho pra renovar a alma.
Faço uma hidratação reforçada no cabelo, com rímel e tudo que tenho o direito, esfolio a pele, skin care no rosto com uns produtinhos novos que comprei... saio do banho me sentindo uma nova mulher. E pra finalizar, escovo meu cabelo deixando bem liso, o que realça meu corte reto.
Como já são 13:45 da tarde, prepare um almoço rápido... um strogonoff com muita batata palha, que eu estou completamente apaixonado. Enquanto cozinho, entro em um transe demorado, relembrando quando minha mãe fazia esse mesmo prato pra mim e meu irmão, ainda quando éramos pequenos... lidar com a distância nunca foi fácil, e disso eu sei bem, até porque morei longe por 2 anos e nunca consegui não ligar... Nunca fui uma pessoa de demonstrar meus sentimentos, mas quando se trata de família, não consigo conter as lágrimas. Eles são a minha base e nada vai mudar isso... nada.
Saio de meus pensamentos sentido uma lágrima escorrer em minha bochecha, e logo a seco. Prepare a mesa e vou em direção a sala procurando o controle da tv, mas aí me lembro que, não tenho tv. Sinto uma vontade enorme de rir, o que é estranho, porque nesta situação, era pra mim chorar... Mas pasmem, comprei uma nova e chega daqui 4 dias.
Mas ao invés disso, ligo minha caixinha de som e coloco na minha playlist consultada, que cura a depressão de qualquer um. E logo começa a tocar " Céu Azul " do Charlie Brow Jr. É quase impossível não cantar uma música daquelas, então, canto do começo ao fim.
- hoje ninguém vai estragar meu dia, só vou gastar energia pra beijar sua boca...- me pego cantando e por um instante lembro da sensação de como é ter a boca DELE colada a minha...
De como tudo se cala quando estamos sentindo uma mínima sensação de um ao outro... Chega Layla.Hoje eu estou me sentindo soltinha, como se não tivesse diversas coisas pra resolver... mas eu daria de tudo pra fingir isso em copacabana, com uma marca de sol, a sensação da água gelada chocando contra minha pele... ai, como eu queria.
Raphael Veiga
Assim que saí do ct, passei direto no mercado pra comprar algumas coisas... hoje quero tirar o dia pra relaxar a mente, sem ter que me preocupar com nada... estar com alguém que me trás essa sensação.
Assim que entrei no mercado, fui direto na prateleira de salgadinhos, não costumo comer besteira no meio de semana, mas um diazinho não faz mal. Passo um tempo mais do que o esperado pra comprar poucas coisas, mas foi o suficiente para encher minha cestinha. Assim que vou na direção da caixa, adivinha só...
Bruna está ao meu lado, finjo que não a vi, me faço de sono, cega e lama. Não quero problemas pra hoje, e pra isso, preciso evitar metade do mundo.
Percebo ela virando a cabeça pra mim olhar, e é só isso que ela pode fazer, olhar. Não dou a mínima, e sigo fazendo minhas coisas.
Me surpreendendo ao sair do mercado e ela não ter vindo atrás, como sempre fez... acho que alguém aprendeu com o tempo.{...}
Dentro do carro novamente, sigo em direção à casa da Layla, junto com as coisas que comprei. O que deu na minha cabeça de fazer isso? Nem eu sei... Mas me sinto bem com ela, e isso é o que eu mais quero, paz e tranquilidade.
Assim que chego, estaciono o carro em frente à casa, e toco a campainha.
-caramba, quanto tempo...- Ela disse ao abrir a porta, ironizando.
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até você chegar.
FanfictionLayla, uma jovem de 22 anos, formada em jornalismo esportivo não esperava que sua vida fosse virar de cabeça pra baixo após ser contratada para estagiar em um dos clubes que mais odeia, e não imaginava que uma pessoa que conviveria junto a ele fosse...