até você chegar.

te espero

Layla Páez

-por que aquele dia o veiga foi comprar briga sua?

Gabriel quis saber mais sobre eu e Rapha.

-briga MINHA? só faltava você enfiar a mão na minha cara Gabriel.

Respondi e ele abaixou a cabeça.

-não precisa ficar falando disso caralho.

ele retrucou abrindo os braços.

-você perguntou e eu respondi, ta achando ruim do que?

-eu sei cara, mas não precisa ficar lembrando porra, a gente já conversou.

-então não enche o saco.

Respondi-me sentando no sofá. De volta ao normal...

Como o combinado, Raphael passaria em casa às 12h, agora são 11h38 e eu já estou pronto. Não quero parecer ansioso demais, então prefiro esperar dar o horário combinado, impressionante a forma em que fico agitado quando tenho algo marcado com o mesmo. 

{...}

-eu abro.

ele respondeu indo até a porta e eu tentei segurar seu braço, mal chegou e já se acha dono da casa? um palhaço mesmo.

-olha só quem tá aqui...

ele continuou dizendo e eu fui em direção a porta entrando na sua frente.

-saí Gabriel.

falei empurrando ele com um braço.

-não dá moral Rapha.

-tudo bem, sei que ele é um idiota.

ele respondeu olhando pra onde Gabriel estava.

-mal chegou e já tá se achando o fodão?

-cala boca Gabriel, já te disse pra não encher o saco.

Respondi alterando meu tom de voz e Raphael se posicionou atrás de mim.

-você ainda vai provar a sua Layla... você vai ver.

ele disse se retirando da sala e subindo as escadas. 

-se ele encostar um dedo em você Layla, ele vai arrumar problema comigo.

Raphael respondeu e eu consegui ver odio em seus olhos.

-ele não é louco.

falei em tom de ironia.

-certeza?

ele continua entendendo a "brincadeira".

-não tanta.

Respondi e ele me mudou de si me dando um beijo na testa. Adoro a maneira como ele consegue ser cuidadoso e atraente ao mesmo tempo... é o tipo de rapaz que eu não perderia por nada.

Logo mais ele juntou nossas mãos e foi em direção ao carro, abrindo a porta do mesmo pra mim, como da última vez.

-tem quanto tempo que ele ta aí?

ele disse.

-chegou hoje de manhã, não sei nem porque aceitei isso.

respondi e ele riu pelo nariz.

-se resolveram então?

-basicamente sim, um problema a menos.

continuei e ele apenas concordou.

Tento ignorar a maneira como o clima ficou entre nós. É de um desconforto tão incrível, que eu peguei esperando que ele quebrasse o silêncio depois de apenas 10 segundos.