Entre Curvas e Emoções • Charles Leclerc & Lando Norris

Capítulo 16

Domingo — Dia da Corrida

Narrador

Lando Norris cruzou a linha de chegada em segundo lugar, com Max Verstappen à sua frente e Charles Leclerc logo atrás dele em terceiro. A corrida foi intensa, e Lando estava determinado a não perder para Charles de forma alguma. Quando ele finalmente cruzou a linha de chegada, a comemoração no rádio do carro era evidente, com gritos de alegria ecoando pelos fones de ouvido.

Na garagem da McLaren, Chiara Grasso não conseguiu conter sua emoção. Ela vibrava junto com os mecânicos, e algumas lágrimas de felicidade escorriam por seu rosto. Os olhares das câmeras se voltaram para ela, capturando esse momento de intensa torcida.

Quando Lando finalmente saiu do carro, ele foi recebido por Chiara, que não pôde esconder sua alegria ao vê-lo. Ela o puxou para um abraço apertado.

— Lando Norris! Você foi incrível. — Ela exclamou quando se afastaram, e ele segurou suavemente seu rosto em suas mãos.

Lando sabia o que queria fazer naquele momento, mas conteve seus instintos, tentando se concentrar nos olhos brilhantes de Chiara. No entanto, antes que pudesse tomar a iniciativa, Chiara não hesitou e fechou a pequena distância entre eles, selando seus lábios em um beijo apaixonado, fazendo com que o mundo ao redor deles desaparecesse por um momento. Era a celebração perfeita para uma corrida emocionante.

Aquele beijo no meio do paddock, cercado por fãs, jornalistas e equipes, simbolizava muito mais do que uma simples demonstração de afeto. Era o reconhecimento público do que eles eram juntos, um piloto de Fórmula 1 e uma talentosa artista, enfrentando todas as adversidades e desafiando as expectativas.

Após o beijo apaixonado, Lando e Chiara se afastaram lentamente, ainda perdidos um no outro. O sorriso de Lando era tão brilhante quanto o sol que pairava sobre o circuito de Montreal, e Chiara o abraçou novamente, com um olhar de orgulho e admiração.

— Você foi incrível lá dentro, babe. — Ela sussurrou, seus olhos refletindo seu amor e sua felicidade por ele.

Lando acariciou seu rosto carinhosamente.

— E você, Chiara, é a minha sorte, o meu amuleto da vitória. — Ele respondeu com um sorriso que aqueceu o coração dela.

Eles não podiam ficar juntos por muito tempo ali, o circo da Fórmula 1 nunca parava, mas naquele momento, nada mais importava. Eles compartilharam um amor verdadeiro, e nesse amor encontraram força, apoio e alegria, não importando o quão turbulento o mundo da Fórmula 1 pudesse ser.

Lando sussurrou algo em seu ouvido, algo que a fez rir, e eles finalmente se separaram. Ele tinha obrigações com a equipe, e ela sabia disso. Chiara o viu se afastar, cercado por jornalistas ávidos por uma palavra, enquanto ela se retirava discretamente para o fundo do paddock.

Aquele dia, a vitória não tinha sido apenas de Lando na pista, mas de Chiara em seu coração. Para Lando era mais que uma vitória dentro de fórmula 1, e ele sabia disso quando seus olhos foram de encontro com o de Leclerc.

•••

Point view: Charles Leclerc

Charles estava irritado, profundamente irritado. Toda a tensão acumulada entre ele e Lando durante o fim de semana culminou em uma derrota que doía profundamente.

Enquanto Charles desacelerava sua Ferrari e dirigia-se de volta aos boxes, ele viu a multidão de repórteres, mecânicos e torcedores se reunindo em torno da McLaren de Lando. Sua visão focou-se em um ponto específico: Chiara Grasso.

Chiara estava ali, no meio daquela aglomeração, com os olhos brilhantes e um sorriso radiante no rosto. Charles não precisou de muito tempo para perceber o que tinha perdido. Lando tinha vencido a corrida e, o que era pior para Charles, tinha a garota ao seu lado.

Ele viu quando Lando e Chiara se abraçaram, e o beijo que compartilharam em público. Era uma cena que o deixava com um misto de frustração e ciúmes. Ele não podia acreditar que Chiara estava ali, beijando Lando Norris, seu rival na pista e, aparentemente, em seu coração.

Enquanto a multidão aplaudia e os fotógrafos capturavam aquele momento, Charles sentiu um nó na garganta. Ele não conseguia tirar os olhos de Chiara e Lando juntos. Era como se o mundo inteiro estivesse testemunhando o que ele não conseguia ter.

A visão da felicidade de Chiara ao lado de Lando o atingiu como um soco no estômago. Era um lembrete doloroso de que ele estava perdendo-a, e que talvez já a tivesse perdido para sempre. Charles sabia que precisava fazer algo, algo para reconquistar Chiara, mas naquele momento, estava completamente desarmado.

•••

Chiara Grasso

Ainda sonolenta, abri os olhos e percebi que ainda estava no meu quarto de hotel no Canadá. As batidas persistentes na porta quebraram o silêncio, e eu rapidamente olhei para o relógio, constatando que mal tinha passado uma hora desde que retornamos da noite de comemoração com Lando e alguns amigos. Suspirei, na esperança de que as batidas parassem, mas elas continuaram sem piedade.

Resignada com o barulho insistente, dirigi-me até a porta e a abri. No entanto, para minha surpresa, deparei-me com Charles do lado de fora. Seus olhos vermelhos eram reveladores, sugerindo que ele não tinha dormido ou talvez até chorado. Sua presença ali era algo que eu definitivamente não esperava.

— Charles, o que você está fazendo aqui? — Minha voz carregava incerteza, refletindo minha própria confusão e curiosidade sobre o motivo de ele estar ali.

Charles engoliu em seco, seus olhos encontrando os meus com uma mistura de esperança e tristeza antes de responder com urgência:

— Precisamos conversar, Chiara. Por favor, me dê uma chance de explicar.

Minha resistência inicial começou a desmoronar diante da sinceridade em sua voz, e eu me senti dividida. Por que ele estava aqui tão tarde? O que ele poderia possivelmente querer dizer?

— Eu não acho que temos algo para conversar às três da manhã. — Eu disse, tentando manter uma fronteira, mas minha própria curiosidade estava me traindo.

Ele soltou um suspiro pesado, como se estivesse segurando um fardo gigante em seus ombros.

— Por favor, Chi.

Ele usou meu apelido. Eu sabia que era arriscado, mas algo nele, talvez aquele apelido que só ele usava, fez com que eu hesitasse. Seus olhos, cheios de emoção, me fizeram ceder lentamente. Abri a porta um pouco mais, convidando-o a entrar em meu quarto.